Manaus, 19 de maio de 2024
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Política

Em Israel, porta-voz confirma que Bolsonaro antecipará volta ao Brasil

Rêgo Barros também confirmou que Bolsonaro visitará um país nos próximos meses.

Em Israel, porta-voz confirma que Bolsonaro antecipará volta ao Brasil

(Valter Campanato/Agência Brasil)

O porta-voz do presidente Jair Bolsonaro, o general Otávio Rêgo Barros, confirmou que o presidente irá voltar mais cedo ao Brasil de sua viagem a Israel, como a Folha de S.Paulo antecipou nesta segunda-feira (1º). Bolsonaro retornará ao Brasil na manhã desta quarta-feira (2), duas horas antes do voo que havia sido anunciado.

Bolsonaro (Foto: Reprodução/Agência Brasil)

Rêgo Barros também confirmou que Bolsonaro visitará um país nos próximos meses. “Estas interlocuções estão sendo conduzidas, nós ainda precisamos fechar a agenda. Mas ele já esboçou perante sua equipe, particularmente ao nosso Itamaraty, o interesse de visitar sim um país árabe”, disse o porta-voz.

Em entrevista veiculada na noite de segunda-feira (1º) na Record TV, o presidente disse que planeja uma viagem a outro país do Oriente Médio no segundo semestre. “Estamos definindo ainda qual o país. Há vários países que nos interessam lá e estamos decidindo qual seria o mais produtivo para nós”, disse Bolsonaro.

Em vez de embarcar às 11h40 (horário local, 5h40 horário de Brasília), ele deve embarcar por volta das 9h30 (3h30 em Brasília) e chegará a Brasília por volta das 18h40. Também como antecipado pela Folha de S.Paulo, foi cancelada a visita que o presidente faria à cidade de Raanana (20 km ao norte de Tel Aviv) para um encontro com cerca de 250 brasileiros.

Para o porta-voz Rêgo Barros, no entanto, não houve uma “mudança de agenda”, só ajustes logísticos por questões de segurança e para aliviar o cansaço do presidente antes de encontros marcados, em Brasília, na quinta-feira, com parlamentares.

“Por questões logísticas, nós estamos trazendo cerca de 25 brasileiros que moram naquela comunidade aqui, hoje (2) à noite às 18h (meio-dia em Brasília), com a finalidade de o presidente estreitar os laços e ao mesmo tempo, antecipar o nosso retorno amanhã, visto que no dia seguinte ele já tem agendado uma série de encontro com parlamentares visando o nosso objetivo principal neste momento que é o andamento mais célere da nossa nova Presidência”, disse o general Rêgo Barros.

O porta-voz não quis comentar o vídeo que causou polêmica no Brasil com um ator enaltecendo a ditadura militar: “Esse é um assunto que nós já caracterizamos como encerrado”.

Ele também não quis entrar em detalhes sobre a critica de Olavo de Carvalho ao ministro Santos Cruz: “O que nós entendemos é que não existem militares e civis no governo. Existe um corpo preparado, tecnicamente selecionado pelo nosso presidente com vistas ao futuro promissor do nosso país. Questões pessoais de ideólogos, de eventuais pensadores, nós não comentamos”.

O porta-voz brincou com as notícias destacadas na imprensa israelense, hoje, sobre a pontaria do presidente Bolsonaro, que acertou sete dos sete tiros que fez durante uma visita à Unidade de Contra Terrorismo da Polícia israelense, quando atirou com um fuzil. “Eu quero dizer é que realmente não fiquem na frente do presidente”.

Rêgo Baros também comentou a reação dos países árabes ao anúncio da abertura de um escritório econômico brasileiro em Jerusalém.
“O presidente está disposto a receber qualquer diplomata de qualquer país com o qual nós tenhamos relações diplomáticas”, afirmou. “Nós temos relações de comércio, ademais das diplomáticas, que são muito intensas. É muito importante que nós tenhamos relações comerciais com um espectro amplo de países”, continuou, elogiando a ministra Tereza Cristina, que afirmou ser ser uma “técnica especialíssima” nessas questões de comércio internacional.

Sobre a visita que o presidente Bolsonaro fez ao Muro das Lamentações acompanhado com o primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu. Para Rêgo Barros, isso não significou que o governo brasileiro reconhece a Cidade Velha de Jerusalém (onde fica o muro) como estando sob soberania israelense (a área fica em Jerusalém Oriental, ocupada por Israel em 1967).

“Trata-se de uma oração do nosso presidente de que a energia é extremamente e assim nós consideramos. Não há qualquer aspecto político envolvido naquela ida do nosso presidente com um rabino e com o primeiro-ministro Netanyahu”, afirmou. “As questões da ida do nosso presidente ao Muro estão vinculadas ao aspecto religioso, ao aspecto emocional”.

*Informações retiradas da Folhapress