Fábrica da Yamaha. Linha de montagem de motocicletas Yamaha. Chão de fábrica. Manaus (AM) 26.10.2010 - Foto: José Paulo Lacerda *** Local Caption *** Fábrica da Yamaha
Assim como ocorreu com o setor de comércio, a pandemia também afetou negativamente a produção industrial do Amazonas no terceiro mês de 2020. A atividade recuou 11,0% em março na comparação com o mês anterior e registrou o seu pior desempenho nos últimos anos.
Tais dados são do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), divulgados nesta quinta-feira, 15.
Segundo o órgão, a tendência de queda seguiu frente a março de 2019. Nesse tipo de comparação, o setor local recuou chegou a -5,7. Já no ano, o Estado acumulou queda de -1,2%. Por outro lado, o índice acumulado nos últimos doze meses registrou alta de 5,2%.
Na avaliação do presidente do Cieam (Centro das Indústrias do Estado do Amazonas), Wilson Périco, o resultado negativo do setor industrial tem como reflexo a falta de insumos para produção e a pandemia do novo coronavírus.
“A atividade da indústria também é afetada desde fevereiro com o início da falta de material da China e depois a questão do isolamento social, que muitos Estados implementaram em março e isso fez com que muitas empresas dessem férias coletivas nesses meses. O segmento das duas rodas fez o mesmo e prorrogou o tempo de licença até final de maio. Ou seja, a atividade está praticamente parada e não é surpresa já que as concessionárias também estão fechadas, então é aguardar o final do isolamento e o reflexo disso na indústria”, explicou.
Dados
Segundo o IBGE, a produção industrial amazonense caiu 11,0% em março ante ao mês anterior. O resultado seguiu a média nacional que também apresentou queda (-9,1%). Já o pior índice foi do Ceará, com -21,8%.
Em relação a março de 2019, a indústria do Amazonas registrou recuo de produção na ordem de 5,7%. O índice deixou o Estado na 10° posição entres os locais pesquisados. Já o Rio de Janeiro assinalou a expansão mais intensa, com 9,4%. Já a nacional caiu 3,8%.
No índice acumulado do ano, o desempenho do Estado encolheu 1,2%. O resultado regional é o 7° melhor do país acima da média da indústria do país (-1,7%).
Por segmentos
Ainda segundo a pesquisa, quatro das dez atividades pesquisadas assinalaram queda na produção se comparado a março de 2019. O setor de bebidas (-7,9%), foi o principal impacto negativo, pressionado, pela queda na produção de preparações em xarope para fins industriais.
Além dele, houve recuos vindos de indústrias extrativas (-15,4%), de impressão e reprodução de gravações (-42,9%) e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-19,7%) no período.
Por outro lado, a fabricação de máquinas e equipamento (54,3%) (artefato de aço e tampas e cápsulas) foi a atividade da indústria local que tive bom resultado no período, e contribuiu para que o desempenho da indústria amazonense não fosse ainda mais negativo.
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