Manaus, 30 de abril de 2024
×
Manaus, 30 de abril de 2024

Cidades

Em meio à pandemia, fluxo de pessoas aumenta na orla da Ponta Negra

Segundo o Implurb a área do complexo recebeu os devidos bloqueios para acesso à praia, mas a população precisa se conscientizar de não fazer uso do espaço.

Em meio à pandemia, fluxo de pessoas aumenta na orla da Ponta Negra

(Foto: Márcio Silva/ Portal AM1)

Interditada há aproximadamente dois meses, a Praia da Ponta Negra não tem recebido visitantes, no entanto, o fluxo de pessoas na orla da praia tem sido grande em alguns dias, segundo a Guarda Municipal.

Como a orla ainda está aberta, muitas pessoas têm aproveitado para fazer atividades físicas e passear, alguns sem máscaras de proteção, como registraram os guardas, no último final de semana.

Segundo o Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb) a área do complexo recebeu os devidos bloqueios para o acesso à praia, porém, a população precisa se conscientizar de não fazer uso do espaço.

“Todas as áreas de comércio estão fechadas no local e o complexo não deve ser usado para prática de atividades físicas no momento. Mas a responsabilidade também é do cidadão”, disse em nota.

Leia também:

Manaus já tem 85 mil pessoas infectadas pela Covid-19, diz pesquisa da Ufam

Com a interdição da Ponta Negra, a prefeitura determinou a suspensão de linhas que atendem ao complexo, durante os domingos, e a redução da frota nos demais dias da semana, contudo, a medida não tem sido suficiente, pois segundo a Guarda Municipal, muitas pessoas que vão à orla são moradores da região.

A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros também fazem a fiscalização da praia.

Orientações

Em virtude do isolamento social, as saídas de casa só devem ocorrer, para a realização de atividades essenciais – e ao realizá-las, é necessário manter de 1,5 metro a 2 metros de distância das outras pessoas.

Essa tem sido a orientação das autoridades sanitárias da maioria dos países.

Mas segundo um estudo publicado por duas universidades europeias, ela só é válida para quem está parado.

Ao caminhar ou correr, um indivíduo pode exalar ou inalar microgotículas, contendo vírus num raio de até 10 metros.

Os cientistas utilizaram um túnel de vento e ferramentas de CFD (fluidodinâmica computacional) para entender como partículas contendo o vírus podem se espalhar dependendo da atividade física que uma pessoa está realizando.

Ao correr ou andar de bicicleta, o indivíduo se desloca muito mais rápido, se comparado a uma caminhada.

Veja também:

Mais de mil famílias foram atendidas pelo ‘SOS Funeral’ na pandemia 

Isso significa que, se ele for portador assintomático do novo coronavírus, pode espalhá-lo por uma área maior.

Os praticantes de atividades físicas também correm maior risco de contrair o vírus, justamente porque se deslocam mais depressa – e podem acabar entrando em “nuvens” que contenham o novo coronavírus em suspensão.

Testes anteriores, realizados em condições de laboratório por cientistas da Universidade da Califórnia e do Niaid (Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos EUA), constataram que o coronavírus pode ficar até 3 horas suspenso no ar.

Se alguém transpira, tosse ou espirra enquanto caminha, corre ou anda de bicicleta, a maioria das micropartículas permanece numa corrente de ar atrás dessa pessoa, o que faz com que outra que venha atrás se mova em meio a essa nuvem de micropartículas.