O empresário Roberto Carlos Costa Bignami, de 44 anos, conhecido como “Beto”, foi apresentado na manhã desta terça-feira, 10, pela equipe da Delegacia Especializada em Roubos e Furtos de Veículos (Derfv). Ele estava sendo investigado por encomendar roubos de carros luxuosos nos estados de Roraima (RR) e Minas Gerais (MG), com o objetivo de trazer para Manaus (AM) para realizar a adulteração e clonagem dos veículos.
De acordo com o delegado Cícero Túlio, titular da especializada, a prisão do empresário foi o resultado de três meses de investigação. Há dez anos, Roberto Carlos praticava a adulterações de veículos luxuosos, em um esquema que contava com pessoas de outros estados brasileiros.
“Há dez anos Roberto Carlos era procurado pela polícia, mas nenhuma outra equipe policial conseguiu prendê-lo. Ele comprava carcaças de veículos sem utilidade em leilões e encomendava em outros estados roubos de veículos de alto nível. Depois disso, ele fazia a clonagem dos automóveis com os dados das carcaças que havia comprado e usava os documentos desses carros. Roberto Carlos também montava os veículos roubados com chassis de automóveis com perda total”, destacou.
A autoridade policial informou que após constatar o envolvimento de Roberto Carlos, o mandado de prisão preventiva foi representado junto à Justiça. O investigado foi preso na manhã de segunda-feira, 9, por volta das 11h, na avenida Joaquim Nabuco, no bairro Centro, na zona Sul da capital.
A ordem judicial foi expedida no dia 3 de dezembro, pelo juiz James Oliveira dos Santos, da Central de Inquéritos Policiais. Além da prisão, foram cumpridos os mandados de busca e apreensão em um galpão, na rua W, no bairro Flores, na zona Centro-Sul de Manaus, e outro em Boa Vista, onde foi apreendida uma carcaça de automóvel, modelo Nissan/Frontier, que seria usado para clonagem em outro veículo com restrição de roubo.
Roberto Carlos permaneceu de cabeça baixa e não falou com a imprensa. Ele foi indiciado por receptação, adulteração de sinal identificador de veículo automotor, associação criminosa, falsidade ideológica e inserção de dados falsos em sistema de informação.
Ao término dos procedimentos cabíveis, ele será apresentado na audiência de custódia no Fórum Ministro Henoch, no bairro São Francisco, na zona Sul da cidade.
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