Enfermeiros e técnicos de enfermagem da cooperativa Serviços de Enfermagem e Gestão em Saúde do Amazonas (Segeam) paralisaram as atividades e realizaram um protesto na manhã desta terça-feira, 6, alegando não receberem salários há quatro meses. A manifestação teve início por volta das 7h, no Instituto da Criança do Amazonas (Icam), no bairro Cachoeirinha, zona Sul de Manaus.
A Segeam é a empresa que assumiu as urgências e emergências dos prontos-socorros de Manaus, após vencer licitação com contrato milionário, numa disputa com a Coopenure, cooperativa que atuou por quase 20 anos nas unidades hospitalares da cidade.
Em nota, a Secretaria de Saúde do Amazonas (Susam) disse que a previsão é de que o pagamento seja liberado ainda esta semana e que não considera que a empresa esteja com quatro meses de atraso, uma vez que o mês de junho é faturado em julho e costuma ser pago até o mês seguinte. Segundo a Segeam, o pagamento só não ocorreu antes, devido a uma falha no sistema.
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores Terceirizados da Saúde (Sindpriv), Graciete Mousinho, informou ao Amazonas1 que os profissionais estão sem dinheiro para pagar coisas de necessidades báscias, como o aluguel, água, luz, e também para a alimentação e para custear a ida ao trabalho. Graciete disse, ainda, que em respeito à população, os enfermeiros continuam trabalhando e a resposta da empresa, hoje, é que os salários iriam ser pagos no dia 10 deste mês.
“Eles estão há quatro meses sem receber o salário e sem o vale transporte. E ainda, estão sendo obrigados a trabalhar mesmo sem dinheiro. Alguns estão passando por necessidades e até estão morando com parentes porque não têm mais dinheiro. Nós vamos entrar em contato com o governo para tentar uma solução, pois já passou dos limites. Uma falta de respeito com eles”, declara a presidente do Sindipriv.
Graciete disse também que todas as empresas de cooperativas que prestam serviços ao governo, estão em atraso, e o número de trabalhadores prejudicados ultrapassa os cinco mil. Outras paralisações de advertência irão acontecer nos próximos dias caso o governo responda ou o salário dos funcionários não seja efetuado.
Veja a nota da Susam na íntegra:
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