Foto: Reprodução
MANAUS, AM – Nem bem o prefeito de Manaus, David Almeida (Avante) decretou situação de emergência por conta da pandemia da covid-19, por três meses, agora, ele mesmo anuncia que o uso de máscaras em ambientes abertos não mais será obrigatório.
Entidades se preparam para encaminhar um documento assinado por diversos pesquisadores ao prefeito, pedindo pela manutenção do uso de máscara – mesmo que em locais abertos. Entre entre as entidades, instituições federais (universidades e institutos de pesquisas).
As duas medidas de David Almeida parecem contraditórias e se conflitam, quando observados os números de casos, que ainda continuam acontecendo na cidade e em todo o Amazonas, bem como do decreto, que permite compras sem licitação por conta da pandemia. Ora se pode comprar sem licitar, porque se tem uma pandemia, ora se libera porque está tudo voltando ao “normal”.
O decreto de situação de emergência foi publicado no dia 18 de fevereiro e valerá até a segunda quinzena de maio, e com isso, David ainda poderá realizar “contratação temporária de profissionais, aquisição de bens, material e contratação de serviços necessário à atuação na situação de anormalidade, no que couber”, segundo o decreto.
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Em entrevista ao Portal AM1, o biólogo e doutorando do Programa de Biologia do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Lucas Ferrante, considerou a liberação do uso de máscara, mesmo que em local aberto, como uma medida impensada do prefeito David Almeida.
“A retirada de máscaras, nesse momento, é completamente impensada e realmente ela não vai acontecer, não existe condições para acontecer e não deve acontecer nos próximos dias”, pontuou ele, afirmando que entidades vão se reunir para encaminhar uma Nota Técnica de recomendações ao prefeito sobre a permanência do uso.
Ele ainda alertou sobre o fato de o Estado e a capital, principalmente, não terem alcançado o número suficiente de vacinados para dar continuidade na suspensão e que ainda é provável que Manaus passe por uma nova onda, em face a chegada da variante BA2, derivada da Ômicron, que tem um grau elevado quando se fala em transmissibilidade.
“No momento, nós só não concordamos, como nós estamos apresentando uma Nota técnica à prefeitura, que este não é o melhor momento de revogação da utilização das máscaras, até porque nós já rodamos através de modelos epidemiológicos e com a chegada da BA2, – que é uma variante que surgiu derivada da Ômicron -, Manaus deve passar por mais uma onda ainda, pois não atingiu a quantidade de vacinados o suficiente para mitigar um novo aumento de casos”, alertou Lucas.
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