Manaus (AM) – As escolhas das candidaturas que irão disputar a Prefeitura de Manaus estão em andamento pelos partidos políticos. Dentro desse contexto, o nome que irá representar a esquerda e, consequentemente, unir os ideais dessas siglas partidárias ainda segue indefinido.
Os nomes postos como pré-candidatos até o momento são: Marcelo Ramos e Anne Moura (PT); Eron Bezerra (PCdoB); Natália Demes, Marcelo Amil e Thomas Barbosa, todos do PSOL.
Além desses, eram pré-candidatos, até pouco tempo, o presidente do PT Manaus, Valdemir Santana, o deputado estadual Sinésio Campos, o vereador Sassá da Construção Civil e o militante do partido Luiz Borges, que já foi candidato a vereador na capital amazonense.
O PSOL e a Rede formam também uma federação partidária, mas a Rede até agora não apresentou nomes para disputar a prefeitura e deve lançar apenas pré-candidatos ao cargo de vereador.
No sábado, dia 20, Natália lançou a sua pré-candidatura à Prefeitura de Manaus. O advogado Marcelo Amil, que já disputou o mesmo cargo em pleitos anteriores, tem se apresentado como pré-candidato desde o início do ano, assim como outro nome da sigla, Thomaz Barbosa, que já afirmou em entrevistas recentes que também é pré-candidato.
Já a pré-candidatura de Marcelo é apoiada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pela presidente do PT Nacional, Gleisi Hoffmann. No entanto, dentro do partido, Anne Moura já havia se lançado como o nome a representar a legenda de esquerda para o cargo majoritário.
Com a chegada do ex-deputado federal, o PT ainda não decidiu quem será o pré-candidato.
No último dia 13 de abril, Ramos reuniu lideranças do partido, incluindo Valdemir Santana, Sassá da Construção Civil e o ex-deputado federal e pré-candidato a vereador, Zé Ricardo, num evento por nome ‘Tudo em Mim é Manaus’, que serviu para fortalecer o nome dele diante das principais figuras petistas da cidade.
Na ocasião, ele afirmou que, na semana seguinte, o PT chegaria a uma definição para escolher o nome de dentro do próprio partido e em seguida discutir com a federação, composta pelo PCdoB e PV e, assim, chegar a um só nome.
Porém, a definição ainda não ocorreu, uma vez que o esposo de Anne, Oscar Bessa, passou por um problema de saúde no início da semana e precisou ser internado.
A militante do PT tem mostrado resistência em retirar a sua pré-candidatura como fizeram os outros petistas.
Diante dessa movimentação e falta de definição de um único nome para ser pré-candidato da esquerda, o Portal AM1 conversou com especialistas para entender como esse processo deve caminhar nos próximos dias.
É preciso agilizar
Na opinião de Afrânio Soares, pesquisador e analista político, a federação PT, PCdoB e PV precisa escolher o quanto antes quem vai ser o nome escolhido.
“Eu acredito que o Marcelo Ramos venha a ser o candidato da federação por causa do peso do Lula nacionalmente, uma vez que me parece que ele é o candidato do presidente, porque que foi convidado por ele e pela presidente nacional do PT para ser o pré-candidato em Manaus”, opinou.
Capitalização para 2026
Para o professor e cientista político Breno Rodrigo Leite, a escolha de Ramos é estrategista para iniciar uma capitalização (investimento) eleitoral para a eleição do ano de 2026.
“O PT é internamente fragmentado e desprovido de uma liderança eleitoralmente competitiva. Se Ramos for o escolhido, concentrar os ataques nele pode fortalecê-lo eleitoralmente”, afirmou.
Segundo o especialista, se acontecer um crescimento robusto e sustentável de Marcelo Ramos nas pesquisas, com a concentração da preferência eleitoral dos eleitores de esquerda numa única candidatura, é possível que o nome do polo oposto, Capitão Alberto Neto (PL), também seja beneficiado.
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