A mansão de Givancir de Oliveira Silva, 44, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviários de Manaus (STTR), se tornou alvo de um mandado de busca e apreensão no final da manhã desta quinta-feira, 5, no município de Iranduba (distante a 27 quilômetros de Manaus), em uma investigação em que o sindicalista é suspeito de homicídio e tentativa de homicídio.
Durante o cumprimento da ordem judicial, expedido pelo juiz Carlos Henrique Jardim da Silva, da Comarca de Iranduba, policiais civis da 31ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) apreenderam oito armas de fogo e quatro carros. Na mesma ação, cinco homens que faziam a segurança do imóvel, situado no quilômetro 6 da rodovia Carlos Braga, foram presos.
O imóvel é o mesmo onde no dia 29 de janeiro deste ano três homens roubaram R$ 200 mil. Pré-candidato a prefeito de Iranduba, Givancir alegou perseguição política após denunciar a situação precária do município na rádio “Conexão dos Trabalhadores”.
O sindicalista foi preso na última segunda-feira, 2, em cumprimento a mandado de prisão temporária quando prestava esclarecimentos sobre a morte do auxiliar de mecânico Bruno de Freitas Guimarães, 24, e do homicídio tentado contra Djelison de Freitas, 23.
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O primo de Bruno, uma mulher trans conhecido como “Thelcy” era ex-funcionário de Givancir e mantinha um caso amoroso com o sindicalista. Após ficar um mês e 11 dias sem receber como empregada doméstica na mansão de Givancir, “Thelcy” teria ameaçado contar o segredo e prejudicar a candidatura a prefeito sobre as dívidas trabalhistas.
O delegado Geraldo Eloi, titular da 31ª DIP de Iranduba, responsável pelas investigações, informou que o mandado de busca e apreensão visa recolher provas no inquérito
“Isso é sequência de investigação desde a instauração de inquérito policial em torno do homicídio e tentativa de homicídio ocorrido no dia 29 de fevereiro, em Iranduba. Com a prisão temporária de Givancir, por 30 dias, demos início ao trabalho investigativo. Após o poder Judiciário acatar pelo mandado de busca e apreensão na casa de Givancir, a nossa equipe se deslocou até o imóvel, onde apreendemos quatro carros, oito armas de fogo e quatro granadas de efeito moral, sendo duas de pimenta e duas lacrimogênia, além de prender um homem, que se identificou como policial quando chegava ao local em um carro. Outras quatro pessoas também foram presas”, explicou o delegado Geraldo Eloi.
O delegado ressaltou, ainda, que dos cinco homens detidos, um não é policial e ficará preso na unidade policial. Givancir nega a participação nos crimes. As investigações, no entanto, irão continuar.
Entenda o caso
“Thelcy” e o primo Bruno foram até a casa de Givancir pegar uma quantia referente rescisão de trabalho. Ao pegar em uma cédula rasgada, “Thelcy” devolveu o dinheiro após receber debaixo da porta.
Na volta para casa, os primos que estavam em uma motocicleta, de cor vermelha, e placa PHK-1167, foram perseguidos por Givancir. Bruno que pilotava a moto morreu no local ao ser atingido com três tiros. A principal testemunha do caso, “Thelcy”, também foi baleado e segue internado no Hospital e Pronto-Socorro (HPS) 28 de Agosto, na zona Centro-Sul de Manaus.
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