Manaus, 20 de maio de 2024
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Brasil

Esgoto pode indicar percentual de contaminados pela Covid-19

Entre as vantagens dessa técnica está a de abranger tanto pessoas que apresentam como que não apresentam os sintomas da doença (assintomáticas).

Esgoto pode indicar percentual de contaminados pela Covid-19

(Foto: José Cruz/ Agência Brasil)

Procedimento eficiente para a identificação de doenças infectocontagiosas, o exame de fezes, quando feito em larga escala – via monitoramento de redes de esgoto – pode ser uma forma eficaz de identificar o percentual de indivíduos contaminados pelo novo coronavírus (Covid-19) em uma região.

Entre as vantagens dessa técnica está a de abranger tanto pessoas que apresentam como que não apresentam os sintomas da doença (assintomáticas).

O monitoramento de esgotos como ferramenta de vigilância epidemiológica não é uma novidade. Em meados dos anos 1850, o inglês John Snow usou dessa ferramenta para entender a ocorrência da cólera e identificar as residências de pessoas que morreram por conta da doença no bairro do Soho, em Londres.

Projeto-piloto

Diante da expectativa de essa ferramenta poder ser aplicada também para acompanhar a situação da atual pandemia no país, o projeto-piloto Monitoramento Covid Esgotos está sendo implementado nos sistemas de esgoto de Belo Horizonte e Contagem, ambos de Minas Gerais.

Ao fazer esse tipo de monitoramento, são gerados dados que poderão ajudar os gestores na tomada de decisões inclusive sobre medidas como a de isolamento social.

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A iniciativa, que terá duração inicial de dez meses, conta com a participação da Agência Nacional de Águas (ANA) e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Estações Sustentáveis de Tratamento de Esgoto (INCT ETEs Sustentáveis), entidade vinculada à Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Segundo o coordenador do INCT ETEs Sustentáveis e professor da UFMG, Carlos Chernicharo, a testagem do esgoto possibilita o diagnóstico do conjunto de indivíduos de uma comunidade. “Assim sendo, o esgoto passa a ser a amostra de fezes e de urina que representa o conjunto da população”, explicou o professor, hoje ,22, durante uma videoconferência promovida pela ANA.

“O que fazemos é novo apenas do ponto de vista de identificar a Covid-19”, disse o professor. Os pesquisadores buscam, por meio desse projeto, identificar “tendências e alterações” na ocorrência da Covid-19 nas diferentes regiões analisadas, para entender a prevalência e a dinâmica de sua circulação.

 

*Com informações da Agência Brasil