Manaus, 3 de maio de 2024
×
Manaus, 3 de maio de 2024

Cenário

Ex-aliado, vice de Peixoto assume a Prefeitura de Borba

Simão Peixoto foi preso pela PF, que apura a influência sobre testemunhas na investigação acerca de supostos desvios de dinheiro da merenda escolar em Borba.

Ex-aliado, vice de Peixoto assume a Prefeitura de Borba

(Foto: Graça Pedro/Instagram)

Manaus (AM) – Com a prisão do prefeito de Borba, Simão Peixoto (MDB), quem assume a gestão municipal é o desafeto e ex-aliado, José Pedro Freitas Graça, Zé Pedro, vice de Peixoto. Alvo da Operação “Voz do Poder”, Peixoto se entregou à Polícia Federal (PF) na terça-feira (9) e passou por audiência de custódia nessa quarta (10).

A PF apura a influência sobre testemunhas na investigação sobre supostos desvios de dinheiro público que seria usado para a compra de merenda escolar, durante a pandemia do Covid-19. Esta é a segunda vez que Peixoto é preso pela FF.

Preso, Simão Peixoto também fica afastado de suas funções públicas por um período de 180 dias. A medida de prisão preventiva e o afastamento do cargo do prefeito foram solicitados após evidências de que ele conduziu uma videoconferência com servidores municipais intimados pela PF para prestar esclarecimentos relacionados à referida investigação.

Acusação de ameaça

Na primeira vez em que foi preso, quem assumiu a prefeitura foi o vice-prefeito Zé Pedro. Porém, ao deixar a prisão, Simão foi acusado de fazer ameaças contra Zé Pedro e os familiares do vice, que chegou a falar publicamente. Segundo o vice, Peixoto voltou com a “mesma arrogância”, fez diversas ameaças e exonerou assessores que fizeram parte de sua gestão temporária, quando o titular estava afastado e preso em Manaus.

À época, Peixoto rechaçou as acusações e afirmou, em nota, que não ameaçou o vice-prefeito e nem o estava perseguindo, mas que, para proteger os recursos públicos, o prefeito aguarda as explicações de que, segundo ele, o “vice-prefeito deveria fornecer ao Ministério Público Federal (MPF) sobre os motivos que o levaram a interromper o fornecimento da merenda aos estudantes no período em que foi prefeito interino e esclarecer por que o transporte escolar foi paralisado”.

Ao Portal AM1, a assessoria do prefeito informou que está aguardando a posição do setor jurídico para emitir a nota sobre a situação do prefeito preso pela PF.

LEIA MAIS: