‘O novo que vem do povo’, jargão utilizado por Wilson Lima (PSC) durante as eleições de 2018, vem-se mostrando com um tom bastante diferente. O governador, que se dizia novo e prometia uma nova história para o Estado, vem tomando atitudes bastante similares aos ex-governadores. O ‘Novo Governo’, que de novo já não se tem tanta coisa, vem se estabelecendo com nomes bastante conhecidos de gestões anteriores.
No dia 15 de janeiro, Wilson Lima nomeou João Evangelista de Santana Neto para exercer o cargo de confiança de secretário Executivo Adjunto da Secretaria de Estado de Comunicação Social, o novo nome da secretaria de comunicação já exerceu o mesmo cargo de confiança no Governo José Melo.
Sem expor critérios, Wilson Lima nomeou o advogado de réus da operação “Maus Caminhos”. (Divulgação)
João Evangelista foi exonerado do cargo no dia 31 de março de 2015, conforme decreto publicado no Diário Oficial de Imprensa do Governo do Estado do Amazonas. O documento é assinado por Raul Zaidan e Afonso Lobo, ex-secretário de Melo, envolvido na operação ‘Maus Caminhos’.
Outros nomes
O atual governador nomeou ainda o ex-secretário do Diretório Estadual do PROS-AM, Radyr Júnior, como Secretário Executivo de Projetos Especiais do Governo. Radyr foi o braço direito do ex-governador José Melo, cassado por compra de votos nas eleições de 2014 e acusado de participar de uma organização criminosa que desviou milhões da saúde do Amazonas, segundo inquérito da Polícia Federal.
Wilson Lima também chegou a assinar a nomeação com data retroativa, da delegada Alessandra de Souza Braga, que está presa por associação ao tráfico de drogas, peculato e corrupção passiva. Procurada, a Secretaria de Comunicação do Estado (Secom) informou que o documento está errado e será corrigido.
Sem expor critérios, Wilson Lima nomeou o advogado de réus da operação “Maus Caminhos”, Marcelo Frassei, para ser secretário executivo de Articulação Institucional do Estado, um cargo dado apenas a pessoas de confiança do chefe do Executivo.
Transição
Ainda no processo de transição, Lima escolheu para a subcomissão responsável pela área de Educação, a ex-diretora do Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam), Joésia Pacheco, que teve as contas do exercício de 2010, reprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) e foi condenada à devolução de R$ 193 mil aos cofres públicos.
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