MANAUS – Kátia Schweickardt, ex-secretária de Educação de Manaus, assumiu a Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação (MEC) nessa sexta-feira (06). Ela esteve a frente da pasta municipal durante a gestão do ex-prefeito Arthur Virgílio Neto (sem partido).
Contudo, o anúncio feito pelo ministro da Educação, Camilo Santana (PT), não agradou parte dos professores municipais, que relembraram a gestão de Schweickard na Semed.
O principal episódio de insatisfação da categoria com a ex-secretária de Arthur Neto ocorreu em 2017, quando os professores foram às ruas no movimento chamado “Fundeb para todos”, que cobrava transparência no uso dos recursos e a utilização deles para o pagamento de abono salarial.
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Na ocasião, Kátia Schweickardt chegou a chamar o movimento de criminoso: “Fizeram um movimento que eu considero até criminoso, porque foi um movimento que não foi pedido pauta, agenda”.
Em publicações na internet, professores demonstraram insatisfação:
Schweickardt ainda chegou a ser investigada pelo suposto pagamento de propina a empresa DR7, que fazia manutenção em escolas administradas pela Prefeitura de Manaus, mas o Ministério Público do Amazonas (MP-AM) arquivou a denúncia com a ex-secretária em 2018 por falta de provas.
Ao Portal AM1, a Coordenadora Administrativa Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus (Asprom Sindical ), Helma Sampaio, afirmou que vê a nomeação com “descontentamento” e relembrou que o sindicato chegou a mover uma ação criminal por calúnia, injúria e difamação contra Schweickardt.
“Sua gestão foi desaprovada pela categoria. Um fato lamentável que a categoria não esquece foi a sra. Kátia Serafina ter considerado a manifestação da categoria, que reivindicava transparência na aplicação dos recursos do Fundeb, com movimento de criminosos. Tamanha ofensa os professores não vão esquecer, e por tudo isso, os professores não aceitam que ela esteja nomeada para a Secretaria da Educação Básica do MEC”, disse.
Currículo
Kátia Schweickardt é doutora em Sociologia e Antropologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), mestre em Sociedade e Cultura na Amazônia pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e graduada em Economia pela UFRJ e em Ciências Sociais pela UFAM. Ela atuava como professora na Ufam.
Por fim, ela recebeu o prêmio Espírito Público, em 2020, “por entregar uma educação de qualidade a milhares de crianças e permitir que cheguem ainda mais longe”.
A secretaria também esteve á frente da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmas) antes de assumir a Semed Manaus.
No novo cargo, ela irá atuar na formulação de políticas para a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio. Segundo o ministro da Educação, Camilo Santana, o foco é “fortalecer a educação básica no Brasil”.
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