Manaus, 3 de maio de 2024
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Cenário

Fake: eleitor deve saber filtrar as informações que ele recebe

Nem toda mensagem que chega a grupos de WhatsApp deve receber o mesmo tipo de tratamento de uma mensagem veiculada pela imprensa.

Fake: eleitor deve saber filtrar as informações que ele recebe

(Foto: Montagem/AM1)

Manaus (AM) – O eleitor deve saber filtrar as informações que recebe para evitar tomar decisões importantes baseadas em fake news, orienta Cleiton Viana da Silva, doutor em Teologia Moral (Ética Cristã) pela Academia Afonsiana, em Roma.

Viana explica que o fenômeno das fake news — linguagem nova americanizada para renomear a mentira – corresponde à falsidade, ao engano e ao desejo de alguém afetar a capacidade de refletir e tomar boas decisões.

“Quem conta mentira, não tem interesse de ver o nosso bem”, alerta.

Apesar desses conteúdos maliciosos serem constantes nas redes sociais e nos grupos de mensagens instantâneas, é em ano de eleição que o envio de notícias falsas ocorre em maior quantidade para atingir os rivais.

O caso mais recente, em Manaus, sucedeu após um áudio com a voz do prefeito David Almeida (Avante) atacando os professores da rede municipal de ensino ser compartilhado.

“O que mais tem é professor vagabundo que quer o dinheirinho de mão beijada. Eu não paguei o Fundeb, mas o povo esquece, tu vai ver”, dizia a voz atribuída ao prefeito.

A mensagem foi disparada em grupos de WhatsApp no dia 21 de dezembro. Na sexta-feira (9), a Polícia Federal cumpriu nove mandados de busca e apreensão contra pessoas físicas e empresas de publicidade envolvidas na elaboração e compartilhamento do áudio.

Fonte da informação

A escolha do conteúdo deve ser feita pela qualidade do veículo de comunicação pelo qual vai receber a informação. Segundo Cleiton Viana, é certo que a internet e as redes sociais permitem que a gente receba a informação muito rápida e em tempo real, porém, é preciso ter cuidado com as fontes que alimentam o pensamento.

Nem toda mensagem que chega ao grupo de WhatsApp deve receber o mesmo tipo de tratamento de uma mensagem que é veiculado, por exemplo, em um instrumento de jornalismo pela imprensa.

“O eleitor tem que tomar consciência que ele tem que saber filtrar as informações que ele recebe. Quando se trata de um assunto mais polêmico […]. Não se deve tratar qualquer notícia como se pelo fato de ser transmitida, se trata de uma verdade, verificar as fontes e, principalmente, as contradições, isso para aquele eleitor que é sério e quem realmente fizer um bom discernimento sobre as suas decisões”, concluiu.

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