Manaus, 28 de março de 2024
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Manaus, 28 de março de 2024

Economia

‘Falta com respeito ao Estado’, diz Serafim sobre Guedes querer reduzir IPI em 35%

Para o deputado, que também é economista, a preocupação é ainda maior porque não dá para confiar no governo Bolsonaro

‘Falta com respeito ao Estado’, diz Serafim sobre Guedes querer reduzir IPI em 35%

Foto: reprodução

Manaus/AM – O deputado estadual e economista Serafim Corrêa (PSB) considerou uma falta de respeito o ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciar, nesta sexta-feira (18), que pretende aumentar a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de 25% para 35%. Conforme disse ao Portal AM1, Guedes ‘brinca’ com o povo amazonense.

“Esse é o governo amigo da Zona Franca. A preocupação é redobrada, porque primeiro disseram que iam baixar um decreto de 25% ressalvando a Zona Franca de Manaus. Aí baixaram o decreto de 25% sem ressalvar. Depois houve a reunião com o governador e eles prometeram que iam ressalvar. E aí ao invés de ressalvar, estão anunciando que vão aumentar para 35%, quer dizer, ele brinca com a gente, falta com respeito ao Estado, ao governador”, disse o parlamentar.

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A declaração de Guedes foi dada durante o Seminário Economia Brasil, em Fortaleza (CE). “O IPI já decidimos [reduzir] 25%. Estamos conversando. A ideia é reduzir 35%”, disse. Segundo ele, a medida vai tirar o Estado do “cangote” da indústria.

Inflação
Foto: Agência Brasil

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Acontece que, em fevereiro, ele já havia baixado um decreto reduzindo em 25% as alíquotas gerais do IPI, o que afeta gravemente a Zona Franca de Manaus porque tira os incentivos de competitividade na região amazônica. Isso faz com que empresas que estão instaladas no Polo Industrial de Manaus não vejam mais vantagens em estar na região e decidam ir embora.

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Por conta disso, autoridades de todo o estado, incluindo a bancada federal no Congresso, o governador Wilson Lima e o prefeito David Almeida, tiveram reunião com o governo federal, onde lhes foi assegurado um novo decreto que beneficiaria o Amazonas. Mas até o momento, nenhum documento foi divulgado.

“É pior, porque vai diminuir ainda mais aquilo que poderia servir de compensação para as empresas estarem aqui. Isso é uma tragédia”, conclui Serafim à reportagem.