BRASÍLIA (DF) – O presidente Bolsonaro e os líderes do Patriota estão divergindo sobre uma possível filiação do chefe do Executivo a sigla, isso acontece porque aliados a Bolsonaro pretendem incluir valores cristãos na ideologia da sigla, no entanto a ideia não tem sido bem aceita.
Entre os discursos defendidos pela base do presidente, está uma posição contrária à legalização do aborto, em um movimento para tentar reconquistar votos de evangélicos para a eleição de 2022.
O plano também deve visar que o estatuto do partido incorpore símbolos da direita bolsonarista, como uso de armas para autodefesa.
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A estratégia, nesse caso, é um agrado à base ideológica do presidente, que, na avaliação de pessoas próximas a ele, exerce um contrapeso ao atual ciclo de queda de popularidade de Bolsonaro.
No entanto, a ala do Patriota mais ligada ao antigo PRP rejeita embarcar na proposta de transformar o partido em um símbolo da agenda bolsonarista.
Alguns integrantes desse grupo aceitam debater eventual filiação do presidente, mas querem impor condições. “O Patriota é um partido de centro e vai continuar sendo de centro”, disse o secretário-geral da sigla, Jorcelino Braga.
Em entrevista à Folha, o presidente do Patriota, Adilson Barroso, descreveu a legenda da seguinte forma: “É um partido de centro-direita. Não é um partido de direita, para não dizerem que é um partido de extrema direita. Não podem dizer que o partido é radical. É um partido também com pessoas que não entendem nada de direita nem esquerda. É um partido que pega tudo”.
Parte do Patriota tem resistência à aliança com Bolsonaro. Há também o receio de que aliados do presidente irão tomar o espaço político e na estrutura de partidária de quem já está na legenda.
Mesmo assim, aliados de Bolsonaro avaliam que, durante a campanha, o presidente irá reconquistar o público. O primeiro argumento é o de que, às vésperas das eleições, os evangélicos vão acabar optando por quem defende abertamente os valores do grupo.
(*) Com informações da Folhapress
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