Funcionários da Fundação Centro de Análises, Pesquisa e Inovação Tecnológica (Fucapi) prometeram realizar uma manifestação às 10h, desta segunda-feira, 2, em frente à sede do Ministério Público do Estado (MP-AM), na zona Oeste da cidade, para requerer intervenção do órgão na atual gestão da instituição.
O pedido ganhou força na semana passada após a prisão do novo mantenedor da fundação empresário José Caitano Neto, noticiada em primeira mão pelo Amazonas1. Caitano foi preso na quarta-feira, 28, em São Paulo, acusado de chefiar uma quadrilha que falsificava e vendia diplomas de ensino técnico e superior por até R$ 97 mil, segundo a Polícia Civil do estado.
Ele foi indicado para o cargo de novo mantenedor da Fucapi pela diretora-presidente, Isa Asseff dos Santos, e pelo presidente do Conselho Administrativo da Fundação, Antônio Silva, que também é presidente da Federação das Indústrias do Amazonas (Fieam).
A atual administração da fundação é acusada de deixar a Fucapi se afundar em dívidas que, atualmente, contabilizam mais de R$ 100 milhões. Segundo os professores da fundação, Caitano seria anunciado nesta segunda pela promotora de Justiça Kátia Maria de Araújo, em coletiva à imprensa, na sede do MP-AM. A assessoria do Ministério Público não informou se a coletiva foi cancelada com a prisão do empresário.
Propostas
O professor da Fucapi Francisco Januário, que está acompanhando a transição da gestão da entidade, informou desde o início a proposta de José Caitano foi recusada pelos funcionários da instituição. O empresário queria parcelar os salários atrasados há sete meses em pelo menos dez vezes, enquanto outro grupo internacional queria pagar os salários de uma só vez. A proposta de investimento sugerida por Caitano, também, era muito inferior a do investidor estrangeiro: este propôs um aporte inicial de US$ 20 milhões, e José Caitano prometeu um investimento de R$ 10 milhões.
Contudo, a mudança do primeiro grupo empresarial para o grupo de Caitano, segundo Januário, pegou os professores de surpresa. Ele disse que a notícia de prisão do mantenedor escolhido pela atual gestão, José Caitano, mostrou que a decisão sobre a mudança da direção da Fucapi deve partir do Ministério Público.
Mas para isso, disse o professor, é necessário observar que a melhor proposta é do grupo internacional, que, segundo Januário, tem assumido perante os funcionários e estudantes a melhor intenção em ajudar a resgatar a Fucapi. “A decisão do MP precisa estar de acordo com a comunidade (colaboradores, alunos e pais), cujo principal desejo é o de normalizar as atividades na instituição”, afirmou Januário.
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