Manaus, 6 de maio de 2024
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Brasil

Hang é condenado a pagar R$ 30 mil por coagir funcionária a votar em Bolsonaro

A empresa afirmou que "avalia que a decisão não se baseou em fatos e, tampouco em provas"

Hang é condenado a pagar R$ 30 mil por coagir funcionária a votar em Bolsonaro

Foto: Divulgação

Santa Catarina – A Havan, empresa de propriedade do empresário Luciano Hang, foi condenada pela Justiça a pagar uma indenização por dano moral de R$ 30 mil contra uma funcionária. Na decisão da última terça-feira (17), foi exposto um vídeo em que mostra o dono da empresa falando com os funcionários, “com vistas à induzi-los a votar em seu candidato”, nas eleições de 2018. O candidato do empresário na época era o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), o qual é amigo pessoal.

A empresa afirmou que “avalia que a decisão não se baseou em fatos e, tampouco em provas”. “Na avaliação do empresário Luciano Hang, a decisão trata-se de uma interpretação ideológica”.

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Na época das eleições, o empresário fez transmissões nas redes sociais falando sobre as eleições de 2018. Segundo a relatora Ivani Contini Bramantedo, do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª região, caso os funcionários não votassem em Bolsonaro, as lojas seriam fechadas e todos perderiam o emprego.

“Luciano Hang dirigiu-se diretamente a seus funcionários, com vistas à induzi-los a votar em seu candidato, eis que, do contrário, suas lojas seriam fechadas e todos perderiam seus empregos, conduta essa ilegal e inadmissível, à medida que afronta a liberdade de voto e assedia moralmente seus funcionários com ameaças de demissão”, afirmou.

Na decisão, consta também que a autora teria sofrido discriminação e sido perseguida por um funcionário que exerceu cargo de gerência.

(*) Com informações do G1