Manaus, 7 de maio de 2024
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Manaus, 7 de maio de 2024

Brasil

Indígena preso por atos antidemocráticos tem pedidos de liberdade rejeitados

Pedidos foram apresentados por dois advogados aleatórios, que não são advogados constituídos pelo Cacique Serere

Indígena preso por atos antidemocráticos tem pedidos de liberdade rejeitados

BRASÍLIA – Luís Roberto Barroso, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou dois habeas corpus que pediam a liberdade para o indígena José Acácio Serere Xavante.

Ele é conhecido como Cacique Serere e está preso temporariamente desde a última segunda-feira (12), após a decisão do ministro Alexandre de Moraes, sob a suspeita de participar de atos antidemocráticos após resultado da eleição presidencial em Brasília.

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Os pedidos de habeas corpus foram apresentados por dois advogados que não são advogados constituídos do indígena.

Em um dos pedidos, um dos advogados disse que o cacique é acusado de condutas que não falam a respeito da disputa sobre direitos indígenas e, por isso, a matéria não comporta a competência sequer da justiça federal, e muito menos ainda do STF.

Já o outro advogado afirma que há constrangimento ilegal, e clara e patente violação à liberdade da livre manifestação. Ainda segundo o advogado, as lesões e ameaças a esses direitos podem alcançar um amplo número de pessoas, como é o caso.

De acordo com o ministro Barroso, os habeas corpus não têm as peças necessárias ao esclarecimento da controvérsia. A rejeição do ministro se deu por razões processuais.

“Além disso, o Supremo Tribunal Federal consolidou orientação no sentido do descabimento da impetração de habeas corpus contra ato de Ministro, Turma ou do Plenário do Tribunal”, disse Barroso.

Tumulto em Brasília

O cacique foi preso pela Polícia Federal (PF), por suspeita de participação em atos antidemocráticos. A prisão foi solicitada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e autorizada por Moraes.

Após o líder indígena ser preso, manifestantes tentaram invadir o prédio da PF, queimaram veículos e transportes públicos em Brasília.

A Polícia Militar do Distrito Federal deslocou guarnições para controlar o tumulto com a aplicação das forças táticas e batalhão de choque.

(*) Com informações da CNN Brasil