Na viagem a Brasília, Lula estava acompanhado da esposa Janja e do ex-ministro Fernando Hadadd (Foto: Divulgação/montagem)
BRASÍLIA – O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou à capital federal nesse domingo (27) a bordo de um jatinho que pertence a um empresário de Manaus, que já foi alvo de apurações do Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM). O petista está em Brasília para cumprir agenda de compromissos relacionados à transição de governo.
O modelo Citation XLS de prefixo PP-IVA pertence à empresa Millenium Locadora, com sede no bairro, Adrianópolis, zona Centro-Sul de Manaus. Segundo pesquisa feita pela coluna do jornalista Rodrigo Rangel, do site Metrópoles, os sócios da Millenium são o empresário Ivair Ferreira e a mãe dele, Francisca Rabelo Ferreira.
Uma outra empresa de Ivair, a Mill Taxi Aéreo, aparece na Agência Nacional de Aviação Civil, a Anac, como operadora da aeronave.
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Ivair é figura conhecida do noticiário amazonense. Empresas de sua propriedade, incluindo a própria Millenium, já figuraram em apurações do TCE sobre direcionamento de licitações para aluguel de veículos e em outras confusões envolvendo, por exemplo, o ex-governador Amazonino Mendes.
Na viagem a Brasília, Lula estava acompanhado da futura primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, e do ex-ministro Fernando Haddad.
A Mill Táxi Aéreo consta da prestação de contas da campanha presidencial petista como destinatária de pagamentos que somam R$ 2,6 milhões.
Ao Metrópoles, a assessoria de Lula disse que o avião foi alugado pelo PT.
Jatinho da COP
No último dia 14, Lula chegou à sede do Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (COP) 27 depois de viajar a bordo de um avião do empresário José Seripieri Junior, fundador da Qualicorp e dono da Qsaúde. A aeronave do modelo Gulfstream tem capacidade para transportar 12 pessoas e autonomia para voar direto ao país africano.
Assim como Lula – preso na Operação Lava Jato — o empresário possui “passagem criminal”. Seripiri Júnior fechou um acordo de delação premiada “com multa de R$ 200 milhões”. Em 2020, o empresário firmou um acordo de delação com o Ministério Público em que confessou o crime eleitoral de caixa dois em um caso envolvendo o senador tucano José Serra (SP).
(*) Com informações do Metrópoles
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