SÃO PAULO – O juiz trabalhista Marcos Scarlecio, acusado de assédio e importunação sexual, será interrogado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) na sede do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, na manhã desta sexta-feira (16), na capital paulista.
O juiz seria ouvido nessa quinta (15), porém, a sessão foi adiada. De acordo com a assessoria de imprensa do tribunal, o processo tramita em segredo.
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Na segunda-feira (12), algumas vítimas foram ouvidas pela instituição, de acordo com o Me Too Brasil, organização sem fins lucrativos – que oferece assistência jurídica gratuita a vítimas de violência sexual e que reúne as denúncias contra o magistrado.
Scalercio era juiz substituto do Tribunal Regional do Trabalho e professor de direito material e processual do trabalho no curso preparatório Damásio Educacional. Ele já foi denunciado por pelo menos 96 mulheres, entre juízas, advogadas, bacharéis, alunas e estagiárias.
Segundo relatos das vítimas, o magistrado agarrava-as e forçava beijos em espaços públicos e privados, como no curso preparatório Damásio e até no próprio tribunal. Uma das mulheres assediadas, o denunciou após ter participado de uma reunião em vídeo, que o juiz estava completamente sem roupa e se masturbava.
Defesa do juiz
Em agosto, os advogados de defesa do juiz afirmaram, por meio de nota, que as acusações contra Marcos Scalercio “já foram objeto de crivo e juízo de valor pelo órgão correcional e colegiado do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região. Ele foi absolvido pelo tribunal e o caso foi arquivado”.
Segundo os advogados, foram ouvidas 15 testemunhas no processo. “O arquivamento, portanto, demonstrou que o conjunto probatório é absolutamente insuficiente para dar lastro em qualquer dos fatos relatados.”
“Scalercio não responde a qualquer resvalo na esfera criminal, sendo inverídica a informação que parte do pressuposto que o magistrado está denunciado criminalmente. É profissional de reconhecida competência e ilibada conduta pessoal, quer seja no âmbito acadêmico, quer seja no exercício da judicatura”, foi o que disse a nota, no qual a defesa ressaltou que o juiz não é investigado criminalmente.
(*) Com informações de R7
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