Manaus, 27 de junho de 2024
×
Manaus, 27 de junho de 2024

Cenário

Juíza nega pedido de Joana Darc que tentou cercear jornalista

A juíza destacou que a jornalista “se limitou a divulgar matéria jornalística diante do notório interesse público à informação, não podendo a matéria ser considerada de forma alguma vexatória”.

Juíza nega pedido de Joana Darc que tentou cercear jornalista

Joana Darc e jornalista Rhyvia Araújo (Foto: Celso Maia/ Portal AM1)

Manaus (AM) – “Da análise minuciosa ao caso em questão, entendo que as matérias alegadas discorrem sobre um desentendimento, ocorrido em um local público, não havendo indícios de falsas afirmações, tampouco caráter difamatório, como alegado. Antes, esta se limitou a divulgar matéria jornalística diante do notório interesse público à informação.”

Esta foi a interpretação da juíza de Direito, Maria do Perpétuo Socorro da Silva Menezes, ao negar o pedido da deputada estadual Joana Darc (União Brasil).

A deputada tentou enxovalhar, censurar e constranger a profissional de comunicação, que tentava fazer o trabalho jornalístico dela e, como todo repórter, aproveitou a oportunidade para fazer uma pergunta à parlamentar, pois todos queriam elucidar aquela questão, que virou caso de polícia.

Acontece que a deputada Joana Darc diz aos quatro ventos que sua bandeira é em favor da causa animal; entretanto, ela prestigiou uma feira de exposição agropecuária do Amazonas. Ao passo que gerou dúvida aos jornalistas e demais curiosos que viram a deputada contemplando uma cena de vaquejada, e que não parecia incomodada com o tratamento dado ao animal.

“Já fazia um tempo que eu queria falar com a parlamentar que tinha sido vista no local. Não tinha a intenção de ofendê-la, mas sim, entender por que estava ali, uma vez que se diz defensora dos animais”, declarou a jornalista na época.

Devido aos questionamentos, Joana se aproveitou do fato de estar no Plenário da Casa Legislativa e tentou intimidar a jornalista Rhyvia Araújo; porém, conforme a juíza, deve prevalecer o direito à informação e à liberdade de impressa.

Ao Portal AM1, Rhyvia disse que só sentirá que houve justiça, de fato, quando a deputada não tiver mais nenhuma possibilidade de recorrer da defesa dos autos do processo, mas que acredita na Justiça do Amazonas.

“A deputada ainda pode recorrer. Sendo assim, acredito que só vou sentir que foi feito justiça quando tiver com o resultado final. É um caso que, querendo ou não, abala bastante”, pontuou a jornalista, que na ocasião, fazia uso do direito do exercício regular da profissão, e de direito por parte do meio de comunicação.

Rhyvia lembra que, no dia 13 de dezembro de 2023, dia do fato, a deputada Joana Darc lhe tomou os equipamentos de trabalho para lhe impedir de fazer os registros.

Confira o documento da sentença:

 

LEIA MAIS: