GUARAPUAVA, PR – Luis Felipe Manvailer foi condenado nesta segunda-feira (10) a 31 anos, 9 meses e 18 dias pelo homicídio qualificado de Tatiane Spitzner do dia 22 de julho de 2018. A esposa e advogada de Luis foi encontrada morta após uma queda do quarto andar do prédio em que morava com o marido na cidade de Guarapuava, no Paraná.
O juiz Adriano Scussiato apontou que Manvailer gerenciava um relacionamento abusivo com Tatiane, e apontou como qualificadores do crime: meio cruel, motivo fútil, fraude processual e feminicídio. Além da prisão, cuja não terá direito de recorrer em liberdade, o biólogo terá de pagar R$ 100 mil à família de Tatiane por danos morais. A defesa já afirmou que irá recorrer da decisão.
Enquanto lia sentença, o juiz relembrou outros casos de crimes contra as mulheres, como os casos de Ângela Menezes e Eloá Cristina, e lamentou que esse tipo de situação ainda ocorra no país.
A decisão foi apontada por sete jurados, todos homens, que acompanharam a denúncia do Ministério Público que direcionou Manvailer como autor das agressões, asfixia, execução e por fim o arremesso do corpo de Tatiane da sacada do prédio.
O julgamento teve início na terça-feira (04). Diversas testemunhas, incluindo moradores do prédio, policiais que atenderam a ocorrência, peritos e especialistas do caso foram ouvidos e todos os dados das investigações foram analisados, tantos os da defesa quantos os da acusação.
No domingo (9), Luis foi ouvido, seu interrogatório durou cerca de 11 horas. Na ocasião, o réu assumiu que agredia a esposa, mas seguiu com a linha de negar que teria matado Tatiana. Ele pediu perdão aos familiares pelas agressões e a todas as mulheres vítimas de violência no país, atitude que causou revolta em muitos manifestantes.
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Entenda o caso Spitzner
No dia 22 de julho de 2018, Tatiane Spitzner foi encontrada morta depois de uma queda do quarto andar do prédio em que residia com o marido Luis Manvailer em Guarapuava, Paraná.
Desde o começo das investigações, o marido era o único suspeito, pois em câmeras de segurança, foi registrada as imagens de agressões contra a mulher.
Após a queda o homem carregou o corpo de Tatiane para o apartamento, limpou os vestígios de sangue no elevador, trocou de roupa e fugiu. Foi capturado depois de um acidente de trânsito em uma rodovia na fronteira com o Paraguai, tudo indicava que o suspeito tentava fugir do país.
Luis foi preso e negou todas as acusações de homicídio, afirmava que a esposa teria morrido após cair da sacas, mas o laudo do Instituto Médico Legal (IML), afirmou que a advogada foi morta esganada e antes de supostamente cair do prédio.
(*)Com informações da assessoria
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