MANAUS, AM – Cumprindo agenda pelas prévias partidárias do PSDB em Manaus, o ex-prefeito da capital, Arthur Neto e o governador de São Paulo, João Doria, levantaram discurso contrário ao governo Bolsonaro e o culparam pelo desmatamento ilegal e descasos com o meio ambiente.
No processo de eleição interno do partido, João Doria, Arthur Neto, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite e Tasso Jereissati, disputam uma vaga na chapa majoritária para o cargo de presidente da República no ano que vem. E apesar de ser apontado como um dos candidatos mais fracos, Arthur continua insistindo na disputa.
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Em seu discurso, Arthur levantou a problemática do meio ambiente na Amazônia, culpou o atual governo e ressaltou que a única saída para isso é que a população não polarize a próxima eleição.
“Nos entendemos que a Amazônia vive um momento muito difícil. O pantanal levará 50 anos para se recompor, devido a tantas queimadas, e talvez nem seja mais o mesmo. Isso foi um crime que cometeram. O Brasil tem saída para isso, trabalharmos o desenvolvimento das pesquisas para o desenvolvimento e deixar de lado nomes previsíveis. Não tem que ser ele de qualquer jeito, não tem que ser o outro de qualquer jeito. O PSDB irá insistir na disputa”, comentou.
Sem citar nomes, Neto relembrou o medo que sentia de Jair Bolsonaro no início do seu governo, devido às ameaças feitas à Região Norte e à Amazônia.
“Em Manaus, nós trabalhamos com um modelo econômico que não vai envelhecer. Antes, eu tinha muito medo do atual presidente, hoje ele está metendo menos medo do que antes, mas eu pensava; esse homem vai provocar uma intervenção militar na Amazônia, ele dizia tanta bobagem sobre a Amazônia, que eu tinha medo. O Brasil acha que ele irá salvar a Amazônia, mas está enganado. Os estrangeiros que acabam salvando a Amazônia para que eles enriqueçam. Sem a Amazônia, o Brasil será um país sem futuro”, disse o ex-prefeito.
Em seguida, João Doria declarou oficialmente que a sigla faz parte do bloco de oposição ao governo federal e suas atividades, além de criticar o momento atual do Brasil.
“A partir de agora eu anuncio que o PSDB é um partido de oposição ao governo Jair Bolsonaro – isso é incontestável. Pois nós fazemos democracia, conhecendo o nosso país, onde tem democracia há ideias contrárias, mas harmonia. O nosso presente é triste, um exemplo disso é a realidade do meio ambiente, que foi abandonado, a Amazônia foi abandonada. É triste, para não dizer revoltante, que o líder do país que deveria defender o meio ambiente, criar responsabilidade social e manter a floresta de pé, não se importa. No plano federal, o desmatamento ilegal é um desastre completo. O presidente nunca foi convidado para representar o país em eventos internacionais de meio ambiente, porque ele não tem nada a dizer, seria mais uma vergonha”, finalizou.
Doria deve cumprir agenda fechada em Manaus com Arthur Neto ao longo do dia e retornar para São Paulo no início da noite.
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