Ludhmila Hajjar foi ameaçada de morte: ‘Tentaram invadir o hotel’
Após ser cotada para assumir o Ministério da Saúde, a médica teve o número de celular divulgado na internet; quarto em que estava teria sofrido tentativa de invasão
Ao confirmar que recusou o convite do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para assumir o Ministério da Saúde, a médica cardiologista Ludhmila Hajjar afirmou, nesta segunda-feira (15/3), que sofreu ameaças de morte após ser cotada para o lugar do general Eduardo Pazuello. “Fiquei assustada, mas não tenho medo”, falou.
Segundo a cardiologista, ela teve o número de celular divulgado em diversos grupos de WhatsApp pelo Brasil, recebendo diversas mensagens ofensivas e, pior, foi perseguida em um hotel que estava hospedada.
“Eu tive meu celular publicado em grupos de WhatsApp e [sofri] duas tentativas de entrada em quarto de hotel. Coisas absurdas”, contou Ludhmila.
A médica afirmou ter ficado “um pouco assustada” com as ameaças, mas disse que esse não foi o motivo de ter recusado o convite de Bolsonaro. “Eu não tenho medo. São pessoas radicais, que estão polarizando o Brasil”, disse.
Divergência
Ao falar sobre a recusa, a cardiologista disse que não houve consenso com o presidente Jair Bolsonaro. “A prioridade do presidente é a questão social e a questão econômica”, falou. A cardiologista deixou claro que sua prioridade é salvar vidas perdidas, com base na ciência.
“Infelizmente, acho que esse não é o momento para que eu assuma a pasta, principalmente por motivos técnicos. Eu sou médica, cientista, tenho todas as minhas expectativa em relação à pandemia. Eu acho que isto está acima de qualquer ideologia, essa é a minha posição. Eu fiquei honrada com o convite, mas pautei minha vida toda na ciência”, disse Hajjar, momentos após recusar a pasta, em entrevista à CNN.
(*) Com informações do site Metrópoles
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