Manaus, 28 de maio de 2024
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Política

Maia diz que não é hora de pensar em impeachment

Entre outros assuntos, Rodrigo Maia afirmou que os Poderes precisam mostrar união para salvar vidas e empregos do povo brasileiro

Maia diz que não é hora de pensar em impeachment

Rodrigo Maia (Foto: Pedro Ladeira/ Folhapress)

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), reforçou nesta quarta-feira, 10, que não é o momento de analisar um pedido de impeachment contra o presidente da República, Jair Bolsonaro.

Como presidente da Casa, caberá a Maia aceitar ou não os processos protocolados contra o chefe do Executivo.

“Não é hora de pensar em impeachment. É preciso união para salvar vida a empregos. O presidente da Câmara decide pelo sim ou pelo não. Tenho que ter muito cuidado, isenção e equilíbrio”, disse Maia.

O presidente da Câmara concedeu entrevista na manhã desta quarta à Rádio Gaúcha. A conversa começou antes mesmo da participação de Maia na abertura da sessão extraordinária do Tribunal de Contas da União (TCU) que analisa as contas do primeiro ano do governo de Bolsonaro.

Entre outros assuntos, Maia defendeu a União dos Poderes e afirmou que, caso alguém do governo discorde de alguma decisão de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), deve apresentar recurso para que o caso seja analisado pelo Plenário.

A declaração acontece após o vice-presidente, Hamilton Mourão, afirmar que, em alguns casos, há excesso por parte de ministros da Suprema Corte. “Se o Mourão acha que a decisão de algum ministro do STF ultrapassa algum limite, pode recorrer ao Plenário para saber qual a decisão de todos os ministros.”

Auxílio Emergencial

Rodrigo Maia (DEM-RJ) também afirmou  que o gasto da União para manter o auxílio emergencial de R$ 600 por mais dois meses seria superior a R$ 99 bilhões, o que exigiria um corte de salários de todos os servidores federais para fazer frente à despesa.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ventilou a ideia de que parlamentares cortassem salários para manter auxílio emergencial.

Maia disse que o custo da medida seria superior ao eventual corte nos contracheques de deputados e senadores.

Para que a conta se aproximasse do valor necessário para cobrir o pagamento do benefício, disse o presidente da Casa, seria necessária uma proposta com apoio de todos, inclusive do ministro Paulo Guedes (Economia) e do Judiciário, que são contra a ideia, para que salários acima de R$ 15 mil, por exemplo, fossem cortados.

“O que eu disse foi que, se essa é a proposta dele, deveria vir com o apoio de todos os servidores federais. Do Executivo, do presidente, dos seus ministros que ganham acima de um determinado valor, R$ 10 ou R$ 15 mil”, comentou Maia.

Saiba mais: Programa ‘Renda Brasil’ irá incluir os beneficiários do auxílio emergencial

(*) Com informações da Folhapress e do Estadão Conteúdo