Manaus, 12 de maio de 2025
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Manaus, 12 de maio de 2025

Cidades

Mais de 10 mil professores da Semed cobram reajuste do auxílio-alimentação

Pauderney deixou o comando da pasta e nada foi resolvido para os professores; a nova secretária da Semed, Dulce Almeida, que é irmã do prefeito David Almeida, ainda não respondeu aos ofícios encaminhados pelos professores

Mais de 10 mil professores da Semed cobram reajuste do auxílio-alimentação

Foto: reprodução

Os professores da rede municipal continuam à espera de um reajuste no seu auxílio- alimentação, o qual eles vêm reivindicando há vários meses. Um ofício chegou a ser encaminhado à Secretaria Municipal de Educação (Semed), quando o comando ainda estava com o secretário Pauderney Avelino, mas não houve nenhum retorno. Agora, a pasta é comandada por Dulce Almeida, irmã do prefeito David Almeida.

No mês passado, o Executivo Municipal encaminhou à Câmara Municipal de Manaus (CMM) um Projeto de Lei que visa reajuste de 100% no auxílio alimentação para servidores do órgão; todavia, o benefício não incluiu os professores da Semed. Na ocasião, o PL foi aprovado pelos parlamentares e, segundo eles, um outro projeto específico para a categoria dos professores seria elaborado e encaminhado à CMM. Porém, Pauderney saiu do comando e nada foi feito.  

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Nessa terça-feira (5), o vereador Rodrigo Guedes (PSC) cobrou da Prefeitura de Manaus o envio do projeto de lei que possibilita o reajuste no auxílio- alimentação dos professores. O parlamentar exigiu que seja enviado um PL que contemple os professores da rede municipal.

“São mais de 10 mil pessoas, pais e mães de família que precisam ser contemplados pelo reajuste. Por isso, faço a cobrança à Prefeitura e a nova secretária de educação, Dulce Almeida. Esse assunto precisa ser tratado com celeridade, pois no mês de fevereiro os professores não receberam esse benefício. Eles não podem sair prejudicados, é necessário que os servidores da Semed sejam igualmente contemplados”, defendeu o vereador.

De acordo com Lambert Melo, um dos coordenadores do Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus (Asprom Sindical), a classe continua na frustração e sentindo enrolada pela Semed. Um ofício já havia sido encaminhado para o ex-secretário Pauderney, mas não houve retorno. Um novo documento também foi enviado para a atual secretária Dulce Almeida. O prazo estipulado pelo sindicato para ela responder é até esta sexta-feira (8).

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“Nós continuamos frustrados porque nós já estamos em campanha salarial, nós já havíamos encaminhado para o secretário Pauderney Avelino, antes da saída dele, a nossa pauta de reivindicação, e nessa pauta de reivindicação […] Aí houve a saída do Pauderney e nós reenviamos a pauta para a atual secretária, Dulcinea Almeida. Nós estabelecemos lá no nosso ofício data para que ela nos desse uma resposta, que está expirando agora nesta semana e não houve nenhuma resposta para a gente ir lá ter uma audiência, para abrir diálogo para negociação da data base”, disse Lambert.

“Nós encaminhamos também um documento individualizado, fora deste documento geral da data-base, também solicitando que houvesse um encaminhamento de um projeto de lei para a Câmara dos Vereadores específico para a questão do auxílio-alimentação. Mas também não houve nenhuma resposta. Nós estamos na expectativa de que a gente consiga ter uma audiência para abrir essa negociação da data- base e poder discutir todos os itens, inclusive esse do reajuste do auxílio-alimentação”, continuou.

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Segundo o professor, caso não haja nenhum retorno de Dulcinea, a categoria deve se reunir em Assembleia-Geral, na semana que vem, e definir os próximos passos.  

“Caso a gente não tenha uma resposta até a próxima semana, nós já deveremos estar marcando uma nova assembleia-geral para os professores da Semed, para nós dialogarmos com a categoria para que ela diga o que ela quer que o sindicato faça. O sindicato tem ideias de como agir e elas são submetidas para a categoria, que vai analisar e também colocar suas próprias ideias. E diante da deliberação da assembleia é que o sindicato vai tomar alguma atitude”, finalizou.

A reportagem procurou a Semed para saber se o PL prometido já está sendo elaborado e quando deverá ser encaminhado à CMM para aprovação, mas ainda não houve retorno.