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Manchete

Nova greve geral dos ônibus é anunciada e rodoviários cobram promessa de Arthur Virgílio

Nova greve geral dos ônibus é anunciada e rodoviários cobram promessa de Arthur Virgílio

Rodoviários cobram promessa de prefeito (Fotos: Altermar Alcantara e Alex Pazuello/Semcom)

Os usuários do transporte público de Manaus devem voltar a sofrer com uma greve geral dos rodoviários na próxima segunda-feira (22). O sindicato da categoria decidiu paralisar a circulação dos ônibus e cobra do Prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, o cumprimento da promessa de reajuste, feita em 2017.

Rodoviários cobram promessa de prefeito (Fotos: Altermar Alcantara e Alex Pazuello/Semcom)

“O prefeito prometeu que em janeiro estaria resolvida a questão do dissídio. Vamos cobrar do prefeito o compromisso que fez com a categoria, mas até agora, nada”, afirmou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviários de Manaus (STTR), Givancir Oliveira.

Em 2017, os rodoviários fizeram 66 paralisações. Também no ano passado, a tarifa subiu duas vezes, passando de R$ 3 para R$ 3,30 em janeiro, e depois para R$ 3,80 em fevereiro. Na época, a Prefeitura de Manaus jogou a culpa pelo aumento para o Governo do Estado, que retirou subsídios concedidos às empresas. 

Na prática, o que o prefeito estava defendendo é que as empresas continuassem recebendo dinheiro do contribuinte, sem fazer investimentos que justifiquem a tarifa e a qualidade do transporte. Enquanto isso, os moradores da cidade continuam sofrendo com a má qualidade na prestação do serviço e com a ineficiência da Prefeitura de Manaus em lidar com esse problema.

O diretor jurídico do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Amazonas (Sinetram), Fernando Borges, afirmou que os rodoviários fecharam as portas para o diálogo. “No ano passado, foram quase 70 greves. É muito estranho isso. Nenhuma categoria faz isso no Brasil e o Ministério Público Federal inclusive está investigando”, afirmou.

Givancir rebateu e disse que o sindicato está tentando negociar a convenção coletiva há oito meses. “Houve dois aumentos na passagem. Não pagam hora extra. Esgotou a paciência dos trabalhadores”, disse o sindicalista.