Manaus, 26 de abril de 2024
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Manaus, 26 de abril de 2024

Cidades

Procon pede investigação sobre cartel em postos de combustíveis

Pedido visa coibir o aumento abusivo nos preços de combustíveis na capital amazonense

Procon pede investigação sobre cartel em postos de combustíveis

Procon Manaus (Márcio Silva/Amazonas1)

A Secretaria Municipal de Defesa do Consumidor e Ouvidoria (Semdec) solicitou ao Ministério Público do Amazonas (MP-AM) uma investigação sobre os indícios de cartel nos postos de combustíveis de Manaus, como parte da operação que busca coibir o aumento abusivo nos preços da gasolina.

O pedido foi oficializado nessa terça-feira, 4, à procuradora-geral de Justiça do Amazonas, Leda Mara Nascimento Albuquerque, em reunião na sede do órgão ministerial, pelo secretário da Semdec, Rodrigo Guedes, e o deputado estadual Álvaro Campelo.

(Divulgação/Semdec)

A medida reforça a atuação da força-tarefa de Defesa do Consumidor, que há 15 dias seguidos fiscaliza diversos postos de combustíveis em toda cidade, além dos principais órgãos de defesa do consumidor e as instituições reguladoras, a exemplo da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP). 

“É mais do que claro que há uma rede que precisa ser desmantelada nesse processo de venda de combustíveis, pois as distribuidoras ou os postos não repassam o valor anunciado pela refinaria ao consumidor”, explicou Rodrigo Guedes.

Secretário da Semdec, Rodrigo Guedes (Márcio Silva/Amazonas1)

A reunião foi seguida de uma audiência pública entre parlamentares, órgãos de Defesa do Consumidor, taxistas e motoristas de aplicativos, onde foi apresentada a abertura de Procedimento Administrativo (PA) 015.2020.000002 pelo MP-AM, originado a partir da representação do Procon Manaus, feita em 2018, e que será encaminhada ao CAO-Crimo, com o objetivo de instaurar inquérito para investigar a atuação do comércio varejista de combustíveis no Amazonas.

“Todos os ilícitos de natureza criminal devem ser investigados pelo Ministério Público e a doutora Leda Mara se comprometeu em dar o devido encaminhamento à apuração de uma eventual ação criminal das partes. Esses ilícitos têm indícios de organização criminosa, por isso devem ser minuciosamente investigadas”, informou a promotora de Justiça Sheyla Andrade, informando, ainda, que não há como fixar um prazo para essas investigações, uma vez que tudo ocorrerá em sigilo, de acordo com a lei.

“Essas ações só demonstram que os órgãos entendem que a situação é grave e precisa ser investigada. É uma luta em prol do consumidor e estamos atentos aos direitos de todos”, finalizou Guedes.

 

 

(*) Com informações da assessoria