Manaus, 2 de maio de 2024
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Manaus, 2 de maio de 2024

Política

Mandetta e Huck reagem sobre anulação das condenações contra Lula

Cotado para disputar Presidência da República em 2022, ex-ministro da Saúde afirmou que 'os extremos comemoram'

Mandetta e Huck reagem sobre anulação das condenações contra Lula

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a anulação de todas as decisões tomadas pela 13ª Vara Federal de Curitiba, que conduz a Lava-Jato, em quatro processos contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A decisão monocrática de Fachin gerou repercussão imediata de dezenas de políticos nas redes sociais, com comemoração e revolta sobre a deliberação.

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Ex-ministro da Saúde do governo Bolsonaro, Luiz Henrique Mandetta foi um dos primeiros a se pronunciar sobre o caso no Twitter. Nome cogitado para a disputa presidencial de 2022, ele afirma que “os extremos comemoram” a decisão e que “o povo de bem terá que apontar o caminho para pacificar esse país”.

Outro nome cotado para concorrer à Presidência da República, o apresentador de televisão Luciano Huck também se posicionou sobre a decisão do STF. Na mensagem, ele defendeu que a decisão da Corte Suprema seja respeitada, mas deixou um recado claro aos eleitores: “figurinha repetida não completa álbum”.

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O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), questionou se a decisão pretende beneficiar Lula ou o ex-juiz Sergio Moro: “Lula pode até merecer. Moro, jamais!”. Já o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), divulgou uma nota para dizer que não comentaria o caso. “Não vou comentar decisão judicial do Supremo Tribunal Federal em caso concreto, cujos elementos jurídicos desconheço”, declarou.

A crítica de Lira repercute outra decisão tomada a partir das anulações sobre Lula. Ao sustentar que a Vara Federal de Curitiba não tinha atribuição para processar e julgar os processos contra o ex-presidente, declarou a “perda de objeto” de 14 processos que tramitam no STF questionando se o ex-juiz Sergio Moro foi parcial na condução das ações contra o petista. O julgamento do principal desses casos já tinha começado na Segunda Turma e havia expectativa de que seria retomado ainda neste semestre. A tendência era de que Moro fosse considerado parcial.

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), elogiou a decisão de Fachin, declarou que concorda com a “incompetência processual” apontada pelo ministro do STF e disse ser uma “vitória da Constituição”. O deputado federal petista José Guimarães comemorou a notícia e afirmou que é uma “duríssima derrota do ex-juiz Sérgio Moro e de toda a Operação Lava Jato”.

O senador Renan Calheiros (MDB-AL) declarou na mesma rede social que “a decisão de tornar o Lula elegível é um passo importante”. Em um vídeo, Calheiros afirmou que a resolução é tardia e não repara os “danos causados à democracia brasileira”. Ele também acusou Moro de ter tratado o caso com parcialidade e defendeu que as “responsabilidades precisam ser apuradas”.

(*) Com informações do Extra