Manaus, 5 de maio de 2024
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Manaus, 5 de maio de 2024

Política

Decisão de Fachin que beneficia Lula gera surpresa e revolta em parlamentares do AM

Para o petista José Ricardo, a decisão mesmo que muito atrasada, 'começa a fazer justiça com relação ao ex-presidente Lula'

Decisão de Fachin que beneficia Lula gera surpresa e revolta em parlamentares do AM

Foto: Reprodução

A decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que anulou todas as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela Justiça Federal do Paraná no âmbito da Operação Lava Jato, na tarde desta segunda-feira (8), gerou críticas entre parlamentares da Bancada Amazonense.

Leia mais: Fachin anula condenações de Lula na Lava Jato; ex-presidente retoma direitos políticos

Nas redes sociais, o deputado federal Capitão Alberto Neto (PRB) que é bolsonarista, se posicionou sobre o fato do ex-presidente agora estar elegível para disputar novamente a cadeira do Palácio da Alvorada. Alberto Neto espera “desmascarar” Lula nas eleições de 2022.

“Vamos desmascarar o maior bandido da história do Brasil em pleno horário eleitoral”, disse ele na publicação.

A afirmação foi declarada porque, com a decisão do ministro, que ainda será avaliada pela Corte do Supremo, Lula recupera seus direitos políticos e pode se candidatar a presidente em 2022.

Seguindo a mesma linha de pensamento, o deputado federal Delegado Pablo Oliva (PSL), publicou uma foto de Lula ao lado de Fachin, e questionou: “Essa é a justiça para o Brasil?”.

Em entrevista exclusiva ao Amazonas1, o senador Plínio Valério (PSDB), foi sucinto, apenas se mostrando surpreso com a decisão do ministro Fachin.

Para ele, a decisão foi “surpreendente, principalmente por ter anulado todas as condenações”.

Na contrapartida e em defesa do ex-presidente, o petista José Ricardo destaca que a decisão, mesmo que muito atrasada, “começa a fazer justiça com relação ao ex-presidente Lula”, pois, segundo ele, o político “foi acusado e condenado sem provas, mas tudo em um processo viciado que agora está sendo mostrado nos acertos feitos entre o juiz (Sérgio Moro) e o procurador (se referindo a Deltan Dallagnol), na intenção de tirá-lo da disputa eleitoral de 2018, na qual ele era o favorito”.

José Ricardo finaliza dizendo que espera os próximos passos da justiça para que Lula seja “100% livre”.

Decisão

A decisão que concede o habeas corpus à Lula, também teve como destaque o fato do ministro pontuar que a 13ª Vara Federal de Curitiba, onde foi dado o início da Operação Lava Jato (em 17 de março de 2014, com o então juiz Sérgio Moro), não tem competência para julgar os processos do tríplex de Guarujá (SP), do sítio de Atibaia (SP), e os dois relacionados ao Instituto Lula.

No entendimento do ministro, os casos não se limitam apenas aos desvios ocorridos na Petrobras, mas também a outros órgãos da administração pública. Agora, cabendo à Justiça Federal do Distrito Federal analisar os três casos.