Manaus, 16 de maio de 2024
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Manaus, 16 de maio de 2024

Cenário

Briga interna no PSOL é exposta nas redes; dirigentes alegam violência política e ‘falsidade’

Marklize Siqueira, que é dirigente do PSOL-AM, denunciou que está sofrendo violência política dentro da sigla; Raoni Lopes nega as acusações e fala em falsidade

Briga interna no PSOL é exposta nas redes; dirigentes alegam violência política e ‘falsidade’

Foto: Reprodução

MANAUS, AM – Ex-candidata a vice-prefeita de Manaus, em 2020, Marklize Siqueira denunciou, nas redes sociais, na noite do último sábado (19), que está sofrendo violência política na sigla partidária a que pertence, no caso, o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL); Marklize também é dirigente do partido, no Amazonas.

A denúncia veio logo após posts de um dos dirigentes do PSOL, nas redes sociais, Raoni Lopes, dizendo que faria uma live para revelar quem verdadeiramente financiava Marklize.

“Amanhã numa live vou revelar quem financia Marklize dentro do PSOL”, escreveu Raoni, que prosseguiu afirmando: “Minhas corrupções? Eu sei quem pega o dinheiro dos outros para fazer política aqui”.

Marklize, por sua vez, disse que registraria um Boletim de Ocorrência para se respaldar da situação a qual ela relata que vem sofrendo.

“Estou sofrendo violência política de gênero dentro do Psol. Estou precisando de ajuda e acabei de abrir um Boletim de Ocorrência por estar sendo perseguida politicamente por um dirigente do Psol-AM”, escreveu.

Em um segundo post, Marklize afirma que o “patriarcado e o racismo estrutural fica muito à vontade para atacar mulheres.”

Ainda, de acordo com Siqueira, ela recebeu amparo de amigos e afirmou que isso não vai fazer ela sair da vida política ou partidária.

“Gente esta noite está sendo dura. Eu quero agradecer por todo apoio que estou recebendo. As mulheres advogadas que se disponibilizaram para me amparar nesse momento, minha gratidão feminista. Eu não vou sair da vida política/partidária, se esse é o intuito”, informou Marklize.

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O Portal AM1 entrou em contato com as duas lideranças do PSOL, após discussão exposta nas redes sociais, para saber mais detalhes sobre essa situação.

Marklize Siqueira afirmou não estar bem para falar sobre o assunto e limitou-se a responder: “Estou muito sensível no momento”, disse.

Já Raoni Lopes, por sua vez, informou ao AM1 que não ocorreu o que Marklize relatou e disse também que há um medo por trás dessa polêmica – que é o de ter a imagem descontruída. “Eu não concordo com tal afirmação feita por ela e seu grupo político. O motivo é simples: o medo da desconstrução de uma imagem que considero falsa”, disse.

Ele disse que foi notificado extrajudicialmente após a discussão, disse estar tranquilo e que vai responder caso seja judicialmente chamado.

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Movimento repudia ataque:

O grupo de ativistas MovimentA Amazônia Socialista disparou nota repudiando a suposta perseguição contra a feminista. “A MovimentA Amazônia Socialista, comprometida com as pautas feministas e negra por mais mulheres na política e pelo fim da violência política de gênero, vêm a público manifestar apoio irrestrito à companheira Marklize Siqueira, dirigente do partido Socialismo e Liberdade – PSOL AM / ex-candidata vice-prefeita de Manaus em 2020, e repudiar a perseguição política, exposição e ameaças à integridade moral feitas pelo membro do Diretório de Estadual do PSOL AM, Raoni Lopes, nas redes sociais Twitter e Facebook no dia 19/02 às 20:39”, diz a nota.

O grupo pede, ainda, que o dirigente citado se retrate publicamente a respeito das postagens feitas no sábado, em suas redes sociais. “Exigimos retratação pública do Sr. Raoni Lopes e demandamos que as devidas medidas políticas e legais sejam tomadas pelo Partido Socialismo e Liberdade AM. É inaceitável manter em nossas fileiras um membro que além de cometer os atos acima citados, tripudia em cima das reações de solidariedade de companheiras e companheiros aguerridos, mostrando o quão inescrupulosos são aqueles que se beneficiam das estruturas patriarcais e racistas para inviabilizar mulheres negras na política”, concluiu a nota.

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