(Foto: Divulgação/ Senado)
MANAUS – União Brasil, Avante e PL devem fazer parte de uma mesma coligação no Amazonas nas eleições deste ano. Mas, enquanto o PL conta com a pré-candidatura ao Senado do Coronel Alfredo Menezes, o Avante tem como pré-candidato o ex-deputado Chico Preto. Agora, ambos os pré-candidatos disputam o apoio do governador Wilson Lima (UB).
Segundo o cientista político Helso Ribeiro, tanto o candidato do prefeito David Almeida (Avante), quanto o do presidente estadual do PL, Alfredo Nascimento, “correm riscos de ficar isolado”, ou seja, não ter o apoio da coligação, apenas do seu partido. A decisão será revelada no próximo dia 4, durante convenção partidária.
Apesar dos dois pré-candidatos correrem o mesmo risco, as movimentações políticas apontam o apoio do governador à candidatura de Menezes, já que este é braço direito do presidente Jair Bolsonaro (PL) no Amazonas e essa seria uma “exigência” do PL para apoiar Wilson.
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Segundo o presidente estadual da legenda, esse acordo já foi firmado com Wilson. “O nosso candidato ao Senado é o coronel Menezes, já discutido com o governador”, afirmou Alfredo Nascimento ao Portal AM1, nessa quarta-feira (27).
Outro ponto que fortalece esse apoio é que o Avante, de David Almeida, já teria a sua “fatia” de participação na chapa do governador ao indicar um vice. Caberia agora ao PL apresentar um nome ao Senado.
A reportagem procurou Chico Preto e questionou se já há algum acordo firmado com a coligação. “Política você faz construindo apoio. Tem muito chão pela frente”, respondeu, a apenas uma semana da convenção. “Não vou entrar nesse tipo de jogo de especulação”, concluiu.
Mesmo eleitorado
Segundo Helso Ribeiro, um ponto de destaque nessa disputa é que ambos os pré-candidatos ao Senado disputam também o apoio do mesmo perfil de eleitores.
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“Os dois, pelo menos em termos de discurso, eles procuram o mesmo nicho de eleitores, aquele eleitor mais vinculado ao presidente Bolsnaro”, afirmou. Chico Preto e Menezes também possuem um histórico de críticas e troca de farpas.
Mudança
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu, em junho deste ano, que partidos coligados na eleição para governador podem lançar candidatos de forma “isolada” ao Senado. No entanto, os ministros vetaram a possibilidade de criação de uma coligação para o cargo de governador e outra diferente para o cargo de senador.
Dessa forma, se o partido não quiser lançar o candidato ao Senado pela mesma coligação do governador, ele não vai poder fazer uma segunda coligação para lançar o seu senador. Nesses casos, a legenda terá que lançar o seu candidato a senador sem coligação.
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