Um homem de 28 anos foi preso acusado de estuprar a enteada, desde os 10 anos de idade, no bairro Raiz, zona Sul de Manaus. A prisão foi efetuado na quarta-feira, 28, mas o suspeito foi apresentado pela polícia nesta quinta, 29.
De acordo com a titular da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), Joyce Coelho, o crime foi denunciado pela mãe da vítima, que atualmente tem 12 anos de idade. “Quando a mãe se separou do companheiro acabou deixando essa menina aos cuidados da família dele. É um caso bem complicado que ela [vítima] acaba relatando que desde os 10 anos vinha mantendo relações sexuais com o ex-padrasto”, explicou em transmissão ao vivo, nas redes sociais.
Ainda segundo a delegada, a adolescente chega a manifestar “um gostar” do suspeito por ele atender suas necessidades, embora sofra abusos.
“Uma fala que ela nos trouxe chamou bastante atenção que foi: ‘Embora ele tenha feito isso comigo, ele me dava de comer e me dava as coisas’. É uma situação muito triste que vitima muitas crianças e adolescentes da nossa cidade”, destacou Joyce.
A vítima, ressaltou a delegada, possui grandes traumas por ser explorada sexualmente desde os 8 anos de idade, quando ela perdeu a virgindade com um primo. Desde então, foi induzida a prostituição infantil.
“Apesar de ter 12 anos, ela já relata uma grande vivência sexual. O que não diminui a culpa de quem cometeu os abusos, nós estamos investigandos vários responsáveis e todo esse ciclo familiar que acabou contribuindo para que essa menina tivesse histórico. Ela já experimentou drogas e é até viciada”.
A investigação ainda deve ter novos desdobramentos já que a vítima possuía clientes indicados por outras pessoas adultas, que faziam essa intermediação.
O homem será indiciado por estupro de vulnerável e será encaminhado ao Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM). Já a mãe da vítima deve ser indiciada por negligência, porém as investigações irão continuar para saber o grau de responsabilidade dela no crime.
“Essa prisão agora é para conter a pressão que estava sobre a menor, mas a investigação vai ter vários desdobramentos. A vítima passa por atendimento psicológico para que não leve isso para vida ou até se torne exploradora também e acabe repetindo o ciclo”, finalizou a delegada.
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