BRASIL – A primeira dama Michele Bolsonaro comemorou, nesta quinta-feira (2), a ida do ex-advogado-geral da União, André Mendonça, para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Na publicação feita por Michele nas redes sociais, a primeira-dama considerou Mendonça como um irmão em Cristo e declarou que a indicação é a vitória do povo.
Na última quarta-feira (1), o ex-ministro da Justiça e ex-advogado-geral da União passou por uma sabatina de mais de oito horas no Senado Federal, onde recebeu 47 votos a favor e 32 contra. Mendonça é o segundo ministro da Corte indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e ocupará a cadeira deixada pelo ministro Marco Aurélio de Mello, em 12 de julho.
Em sua conta nas redes sociais, Michelle Bolsonaro publicou usa série de fotos para comemorar a aprovação de Mendonça ao STF.
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Na legenda, Michelle declarou que o cargo ocupado pelo ex-ministro da Justiça era parte da promessa de Deus e por isso, nada poderia impedir Mendonça. Para a primeira-dama, Mendonça foi o escolhido de Deus.
“André Mendonça, nosso irmão em Cristo e, agora, Ministro do Superior Tribunal Federal. O nosso Deus é justo e fiel, cumpriu o que prometeu. Deus faz da forma dEle e ninguém pode impedir. Foi Deus quem te escolheu, meu irmão. Seja forte e corajoso”, disse.
Em uma das fotos, Michele aparece rezando pela aprovação de Mendonça no Palácio do Alvorada. Já em outra imagem, os dois aparecem abraçados e de mãos dadas comemorando a aprovação do futuro ministro do STF.
Na véspera da sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, o presidente Bolsonaro ofereceu um jantar para Mendonça no Palácio da Alvorada. O evento reuniu mais de 100 pessoas em ambiente fechado e sem o uso de máscara. A primeira-dama Michelle também chorou ao encontrar Mendonça e abraçá-lo.
Durante sua sabatina no Senado, o futuro ministro do STF fez acenos à classe política e tentou se descolar da imagem de “terrivelmente evangélico”. Na série de perguntas dos congressistas, Mendonça evitou criticar falas e decisões do presidente Jair Bolsonaro (PL) e também buscou distanciamento de posições adotadas pelo presidente.
Apoiado por líderes evangélicos, Mendonça se comprometeu a defender o Estado laico e contrariou Bolsonaro ao afirmar que não fará orações semanais no STF, como pediu o presidente. O ex-ministro disse “não haver espaço” para manifestações religiosas durante as sessões do tribunal. “Eu me comprometo com o Estado laico. Considerando discussões havidas em função de minha condição religiosa, faço importante ressaltar minha defesa do Estado laico”, afirmou. “Na vida, a Bíblia; no Supremo, a Constituição”, completou.
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