Brasília (DF) – O Diretor-Geral da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues afirmou nesta quinta-feira (14) que o objetivo do homem-bomba, Francisco Wanderley Luiz era matar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
O homem tentou entrar no STF na noite de quarta-feira às 19h30, como não conseguiu, jogou bombas na estátua da justiça localizada na Praça dos Três Poderes e cometeu autoextermínio.
“O alvo dele seria o ministro Alexandre de Moraes, ele não conseguiu acesso ao Supremo e em seguida acionou os explosivos,” disse o diretor.
Durante a coletiva de imprensa na sede da PF, Rodrigues afirmou que o inquérito possui duas linhas de investigação: Atentado terrorista e abolição violenta do estado de direito.
Em depoimento à PF, Daiane ex-mulher do homem afirmou que a intenção de Francisco era “matar Alexandre de Moraes e quem mais estivesse perto na hora do atentado”.
O presidente do Supremo, Luiz Roberto Barroso, escolheu Moraes para ser o relator do processo. Para ele, as informações colhidas até o momento pela Polícia Federal apontam que os fatos estão diretamente relacionados a outras investigações já em curso no Supremo e sob a relatoria do ministro.
A ex-mulher também confirmou a presença do homem no início de 2023, segundo Daiane ele planejava o ataque desde a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A PF investiga se ele
Francisco que estava desde julho na capital federal, havia alugado uma kitnet em Ceilândia, região administrativa do Distrito Federal.
No local, a PF usou um robô para entrar na casa, e ao abrir uma das gavetas uma forte explosão aconteceu. O diretor-geral afirmou que a explosão seria fatal para qualquer agente.
O homem era chaveiro e se mantinha na capital com os alugueis que recebia.
Novas explosões
Na Esplanada dos Ministérios, precisamente no estacionamento do anexo quatro da Câmara dos Deputados, próximo ao STF, a polícia encontrou um trailer com artefatos explosivos, bombas e os documentos do veículo que explodiu na noite de quarta-feira (13) um minuto antes do atentado.
Os fogos de artifício e explosivos que estavam no veículo foram acionados remotamente.
Na manhã desta quinta, da guarita do Palácio do Planalto próximo a Praça dos Três Poderes, local onde ocorreu o ataque, era possível ouvir as explosões, cerca de nove bombas foram desativadas ou detonadas no anexo.
Uma caixa enterrada próximo ao local do atentado está sendo periciada pelos investigadores.
As bombas foram feitas de forma artesanal com canos de PVC, pólvora e materiais de fragmentação.
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