Manaus, 21 de maio de 2024
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Cidades

Moradores denunciam descaso sobre situação de barranco em Rio Preto da Eva

Barranco tem cerca de 15 a 20 metros de profundidade e é um risco iminente aos moradores do bairro da Paz, do município distante 80 quilômetros da capital

Moradores denunciam descaso sobre situação de barranco em Rio Preto da Eva

Moradores pedem a atenção das autoridades do município e alertam para o risco iminente de desabamento de casas. (Foto: Márcio Silva / Amazonas1)

Moradores de Rio Preto da Eva, município distante a 80 quilômetros da capital amazonense, denunciam o descaso das autoridades e pedem mais atenção e cuidado sobre um barranco que está em situação crítica, podendo derrubar casas a qualquer momento, no Bairro da Paz. 

O caso, segundo a vizinhança da rua 31 de Março, se agravou nos últimos meses, devido à grande quantidade de chuva e a construção de um bueiro destinado a jogar água para uma área de mata, que fica atrás das residências, tornando-se um risco iminente para os imóveis da rua.

Parte do barranco, no Bairro da Paz, onde a água desce, segundo as denúncias de moradores. (Foto: Márcio Silva / Amazonas1)

Desde o mês de setembro, quando ocorreu um deslizamento de terra no local, a aposentada Antônia Pereira Rodrigues, de 64 anos, vem sofrendo com as consequências. Ela passou a morar com o marido na casa do filho, o professor de matemática Israel Rodrigues, de 44 anos, em um trecho da estrada AM-010, a cerca de 70 quilômetros da cidade.

“Eu morava lá há mais de 18 anos. Fui para o sítio e quando voltei me deparei com minha casa quase caindo. Se eu estivesse lá, nem sei o que poderia ter acontecido. Agora estou morando em um quartinho apertado com meu marido”, disse ela.

a aposentada Antônia Pereira Rodrigues, de 64 anos, teve que abandonar sua casa e ir morar com o filho, após constatar o risco de desabamento de sua propriedade. (Foto: Márcio Silva / Amazonas1)

Para a técnica de enfermagem Geisse Kelly, de 33 anos, a culpa pelo deslizamento de terra é da prefeitura. Segundo ela, o prefeito Anderson Souza se omite ao ser confrontado pela população quando eles vão em busca de soluções quanto ao caso.

“Aqui do lado tem o meu terreno e a casa da minha mãe. Não pude construir nada aqui, devido a esse buraco. Aqui tinham duas casas que a prefeitura só retirou, mas não fez nada. Quando chove, a água passava por cima do bueiro e isso já ocorria há mais de dez anos, por isso aconteceu esse deslize”, comentou Kelly.

Segundo o autônomo Claudemir Caldas, com recursos próprios, a população se juntou e angariou fundos para tentar amenizar o abismo, que tem cerca de 15 a 20 metros de profundidade. 

“Fizeram um aterramento para tentar resolver o problema, caso contrário a situação estaria pior. Mas, infelizmente, não deu certo, porque a chuva está levando a cada instante. É um risco até de chegar na rua, por isso reivindicamos uma atenção das autoridades para vir dar uma olhada e trazer uma solução, antes que afete mais casas e mais famílias abandonem suas moradias”, enfatizou Caldas.

O prefeito Anderson Souza, no entanto, afirmou que todas as medidas necessárias com relação a essas pessoas que moravam, e ainda moram, próximos ao local considerado uma área de risco, já estão sendo tomadas e que vai indenizar essa família que teve que sair de casa.

“No início do ano, a Defesa Civil do município esteve na rua 31 de março, onde tivemos levantamento completo da situação e vamos indenizar uma casa pela prefeitura para que possamos ter condições de fazer a recuperação”, destacou o prefeito.

Infraestrutura

Souza comentou, ainda, sobre a situação do município após ele ter assumido, novamente, o cargo de gestor do município em 2017, quando foi eleito para o seu segundo mandato como prefeito de Rio Preto da Eva. De acordo com Anderson Souza, a cidade estava completamente abandonada.

“Quando assumi com o vice-prefeito Neto em 2017, a cidade estava toda destruída, uma ‘tábua de pirulito’. Então nós conseguimos, nesses três anos, recapear quatro bairros e estamos asfaltando outros quatro. Temos, ainda, dois bairros e uma parte de outro que precisam ser recapeados, que são os bairros da Paz, o Carlos Braga e o Monte Castelo II. Eles estão todos com projetos, junto com o governo do Estado, para serem recapeados”.

Confira a reportagem: