Manaus, 10 de maio de 2024
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Cidades

Motorista atropela cadela intencionalmente e agride mulher

Débora afirma que a motivação do crime seria o fato de que ela pegou R$ 700 emprestado com o homem e que por faltava pagar R$ 300.

Motorista atropela cadela intencionalmente e agride mulher

Débora mostra os ferimentos causados pelo homem. Nina aparece do lado direito da imagem (Arquivo pessoal)

Um homem matou uma cachorra atropelada e agrediu a responsável pelo animal, uma mulher de 39 anos, em São João Del Rei, Minas Gerais. O crime ocorreu na sexta-feira (12), por volta das 23h30, no bairro Fábricas. A Polícia Civil abriu um inquérito para investigar o caso.

Débora mostra os ferimentos causados pelo homem. Nina aparece do lado direito da imagem (Arquivo pessoal)

Débora Juliana del Vecchio contou que ela e suas duas cachorrinhas estavam sentadas do lado de fora de casa quando tudo aconteceu. “Estava muito quente, então resolvemos ficar na calçada. De repente, ele chegou jogando o carro em cima da Nina [cachorrinha de 10 meses]. Ele a atropelou e, não satisfeito, deu ré e passou por cima dela de novo. Muita crueldade”.

Ainda segundo a vítima, ela teria ido até a janela do carro questionar o que estava havendo. “Fui tirar satisfação. Ele não quis conversar, apenas gritou mandando eu pagar o que devia. Ele me acertou com a porta e eu quase fui arrastada pelo carro”, explica a tutora, que teve o braço machucado.

Débora afirma que a motivação do crime seria o fato de que ela pegou R$ 700 emprestado com o homem e que por faltava pagar R$ 300. “Ele me ameaçou, disse que eu deveria ter cuidado. Ele estava transtornado, não sei se bêbado ou drogado”, relata.

Nina estava amamentando e deixou uma filhotinha de apenas um mês. “A cachorrinha chora toda hora, procurando pela mãe. Eu também não estou bem, tive uma grande alteração de pressão e quase precisei ser internada”, conta.

“Aqui é cidade pequena e quem tem dinheiro fica impune. Ele já passou aqui em frente de casa várias vezes depois dos crimes, para me insultar mesmo, mostrar que nada vai acontecer com ele”, desabafa.

Luanda Conrado, vice-presidente da Comissão de Proteção Animal de Tiradentes, ajudará Débora. “Sabemos que e o autor é uma pessoa influente e conhecido na cidade, mas isso não quer dizer que não responderá pelos seus crimes. Vamos disponibilizar um advogado para a Débora, e as medidas jurídicas cabíveis serão tomadas”, explica.

Procurado pela reportagem, o suspeito afirma não ter cometido os crimes. “Eu não atropelei nenhuma cachorra, nem machuquei ninguém. Eu fui na casa da Débora para cobrar o que ela me deve, pois ela me deu um cheque sem fundo. Mas foi só isso, não me lembro de nada do que ela está falando”, relatou.

De acordo com a Polícia Civil, o caso segue em investigação e a vítima não foi ouvida por ter apresentado atestado médico pedindo para ser ouvida posteriormente. Já o suspeito foi intimado para prestar esclarecimentos e deve comparecer a uma delegacia em breve.

 

*Informações retiradas do BHAZ