MPC deve analisar denúncia de pagamento ilegal a candidato

O Ministério Público de Contas (MPC) do Amazonas deverá analisar, nos próximos dias, a denúncia do deputado estadual Sabá Reis (PR) que acusa o candidato ao governo do Estado, Wilson Lima (PSC), de ter sido ‘funcionário fantasma’ da Casa Civil, na Prefeitura de Manaus, durante a gestão de Amazonino Mendes (PDT), em 2009.

A denúncia foi protocolizada na última quinta-feira, 20, pela Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Estado (ALE) e, segundo o regimento interno, deve ser oficializada ao MPC até esta segunda, 24. No órgão, a assessoria de imprensa informou que a denúncia seguirá para a presidência do Ministério Público de Contas, caso vier em forma de representação, para que seja escolhido um relator para a matéria.

Sabá alega que Wilson Lima só recebia, sem trabalhar, o que caracteriza improbidade administrativa e pediu ainda que o candidato devolva os valores recebidos aos cofres públicos municipais de quase R$ 24 mil, nos oito meses em que esteve nomeado em um cargo de confiança.

Em discurso na ALE, na semana passada, o parlamentar chamou Wilson Lima de “Laranja”, e lembrou que ele foi acusado pela jovem Ana Sara Oliveira da Silva, 21, de tê-la ameaçado por conta da postagem de uma foto dos dois juntos, na rede social Facebook, há cinco anos. Sara confirmou, na delegacia, que manteve relações sexuais com Lima quando tinha apenas 15 anos e que eles tiveram um relacionamento amoroso. O candidato nega a história.

‘Mentiras em série’

“Eu vou pedir desculpas ao Wilson Lima por tê-lo chamado de mentiroso. Ele é a própria mentira. Ele mentiu na declaração de bens dele. Mentiu quando disse que não era funcionário público; que nunca trabalhou no serviço público… Eu tenho aqui os contracheques dele. Ele nunca trabalhou, só recebeu”, afirmou o deputado.

Em seu pronunciamento, o deputado também pediu que a ALE adote a mesma postura investigativa no caso da jovem que acusa Wilson Lima de ameaças, que adotou à época das denúncias contra o ex-prefeito de Coari, Adail Pinheiro, que foi condenado por pedofilia e favorecimento à prostituição, uma vez que, à época, Ana Sara era menor de idade. Procurada, a assessoria de Wilson Lima informou apenas que o caso está sendo acompanhado pela equipe jurídica de campanha. .