Manaus, 17 de maio de 2024
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Mulher francesa que matou marido abusivo é libertada por tribunal

Valérie Bacot sofreu abusos de padrasto – que virou marido – por 18 anos; ela foi condenada a 4 anos de prisão, com suspensão de 3 – e já ficou 1 ano detida

Mulher francesa que matou marido abusivo é libertada por tribunal

Foto: Jeff Pachoud - 25.jun.2021/AFP via Getty Images

Uma francesa que admitiu ter matado seu marido depois de quase duas décadas de abusos deixou o tribunal como uma mulher livre na última sexta-feira (25), recebendo aplausos de simpatizantes na conclusão de sua provação que chocou muitos no país.

Valérie Bacot foi condenada a quatro anos de prisão, mas três deles foram suspensos. Ela foi libertada porque já havia passado um ano na prisão, disse a advogada de Bacot, Nathalie Tomasini, do lado de fora do tribunal de Chalon-sur-Saône, na França.

“Gostaria de agradecer ao tribunal e a todo o apoio que recebi. Agora é a hora de uma nova luta por todas as outras mulheres e por todos os maus-tratos”, disse Bacot a jornalistas. Ela afirmou disse ela “não estava aliviada, mas sim esvaziada mental e fisicamente”.

A advogada de Bacot disse que “a justiça foi feita e que está, particularmente, comovida”. “Esta mulher vai voltar para os filhos esta noite. Para mim, é uma grande vitória”, acrescentou Tomasini.

Bacot admitiu ter atirado em Daniel Polette em 2016. Polette começou a estuprá-la quando ela tinha apenas 12 ou 13 anos, de acordo com documentos judiciais.

Naquela época, ele era o namorado de sua mãe; mais tarde, se tornou marido de Bacot e pai de seus quatro filhos. Ela já se referia a ele como seu padrasto antes de se casarem.

Na sexta-feira, no tribunal, Bacot desmaiou, aparentemente em choque e aliviada, depois de ouvir a sentença proposta contra ela pelos promotores que permitiria que ela deixasse a corte em liberdade.

Ela enfrentava, potencialmente, uma sentença de prisão perpétua por atirar em Polette e matá-lo.

A promotoria pediu a pena de cinco anos de prisão, com quatro anos suspensos, disse a advogada da acusada.

Tomasini disse à afiliada francesa da CNN, BFM, na sexta-feira que “imploraria clemência” e não esperava por isso “de forma alguma”.

“Como ela ficou detida por um ano, ela não voltaria se o júri e o tribunal seguissem a opinião da promotoria”, acrescentou a advogada.

Depois que Bacot desmaiou, os serviços de emergência a atenderam no tribunal em Chalon-sur-Saone, leste da França.

(*) Com informações da CNN Brasil

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