Manaus, 4 de maio de 2024
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Cenário

‘Não avançará’, diz presidente da Câmara sobre CPI da Águas de Manaus

Caio André apontou que há falhas na proposta e uma nova CPI pode ser apresentada na Câmara Municipal de Manaus

‘Não avançará’, diz presidente da Câmara sobre CPI da Águas de Manaus

Presidente da Câmara, vereador Caio André (Foto: Divulgação/CMM)

MANAUS – Faltando apenas uma assinatura para a instalação da CPI sobre o saneamento básico na Câmara Municipal de Manaus (CMM), o presidente da Casa, vereador Caio André (PSC), afirmou, nessa terça-feira (14), que ela não deve avançar da forma que está.

“Tenho convicção de que não avançará, mas a Câmara encontrará a solução necessária para que a fiscalização aconteça. Se não for através deste projeto de Comissão Parlamentar de Inquérito, será de um outro”, afirmou Caio André.

A intenção da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Águas de Manaus é investigar, especialmente, a cobrança de 100% da taxa de esgoto sem, segundo o requerimento, a prestação de serviços. Além disso, são alvos os reajustes nas faturas dos consumidores e falhas de fornecimento, principalmente, nas zonas periféricas da cidade.

Dos 41 vereadores, o requerimento precisa da assinatura de, pelo menos, um terço deles, ou seja, 14 assinaturas. Em seguida, a Mesa Diretora deveria avaliar a proposta e decidir se instauraria ou não um procedimento investigatório.

Ao Portal AM1, o presidente da CMM disse que assinou a CPI em 2021, mas que a condução da proposta “foi muito ruim”. Ele acredita que mais nenhum parlamentar vai apoiar o requerimento de autoria do vereador Sassá da Construção Civil (PT), contudo, apontou que uma nova proposta pode ser apresentada.

“Vocês podem ter certeza, ainda essa semana, mas tardar, após o Carnaval, teremos novidades. E a CMM continuará vigilante no que tange a essa prestação de serviços, desse serviço que é um serviço concessionário da Prefeitura de Manaus com a empresa Águas de Manaus e tenho certeza que haverá, logo, logo, novidades sobre o assunto”, garantiu.

Conforme Caio André, o principal motivo da CPI não avançar é que já houve mudanças no objeto que deu origem à proposta. “Já não cabe mais, já houve várias mudanças, não acredito que ela vá para a frente da forma que está”, disse.

CPI da discórdia

Na última segunda-feira (13), a CPI foi motivo de bate-boca e troca de acusações entre os vereadores. O autor da proposta, Sassá da Construção Civil (PT), pressionou os colegas por mais assinaturas, mas foi confrontado por Marcelo Serafim (PSB).

Serafim acusou Sassá de extorquir a concessionária de água por contrato de obras. 

“Não fui eu que fui na empresa [para] negociar com a empresa para fazer obras com empresas ligadas a mim. Vossa excelência lave a sua boca. Todo mundo aqui conhece o modus operandi de vossa excelência. Vossa excelência tinha 13 assinaturas; chegou aqui no plenário, disse que tinha rasgado o requerimento com as assinaturas e agora volta com essa história?!”, acusou o vereador. 

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