Manaus, 8 de maio de 2024
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Cidades

‘Não estou atrás de pena, estou atrás de justiça!’, diz filha de servidora do MP assassinada

Após três meses do crime, o suspeito de matar Silvanilde Ferreira ainda não foi julgado pela Justiça

‘Não estou atrás de pena, estou atrás de justiça!’, diz filha de servidora do MP  assassinada

Foto: Reprodução

Manaus – Stephanie Veiga, filha da servidora Silvanilde Ferreira, que foi assassinada no próprio apartamento pelo funcionário do condomínio, Caio Claudino de Souza, concedeu uma coletiva de imprensa ao lado da advogada Talita Lindoso nesta segunda-feira (15) a fim de dar atualizações sobre o caso.

Segundo a advogada, já foi apresentada a denúncia contra o agente de portaria ao Ministério Público. Além disso, o relatório também foi entregue à Justiça, que vai julgar a denúncia para assim definir se Caio Claudino responderá pelo crime de latrocínio.

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“Acreditamos que a Justiça será feita, justiça que seria a condenação do Caio. Estamos falando de um crime brutal, de um crime sem precedentes de uma história para o nosso Estado”, disse. “Não estamos falando de um crime comum. Estamos falando de alguém que se aproveitou da sua função para se aproveitar de uma vulnerabilidade de uma vítima”, continuou.

Foto: Reprodução / Record TV

Além de lutar pela prisão de Caio Claudino de Souza, a advogada informou que a família vai tentar responsabilizar o condomínio pelo crime, uma vez que a servidora assassinada buscava por segurança, mas foi morta dentro do próprio apartamento.

Ao comentar sobre o caso com a imprensa, a filha da servidora falou sobre o julgamento que recebeu após a primeira aparição na mídia. “A primeira vez que procurei a imprensa foi como pedido de ajuda e saiu totalmente fora do sentido. Foi revoltante tudo o que aconteceu. Desde o início eu só queria justiça pela minha mãe, porque até hoje eu não consigo entender como eu saio e volto de casa e minha mãe está morta”, disse Stephanie.

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Stephanie ainda destacou que desde que a mãe foi morta, ela tenta seguir a vida. “Não preciso ficar todos os dias chorando no meu Instagram, eu não estou atrás de pena, estou atrás de Justiça pela minha mãe”, afirmou.

Foto: Reprodução / Record TV

“As pessoas entendem errado as coisas, eu não quero que as pessoas fiquem com pena de mim, porque quem foi morta foi a minha mãe, as pessoas caem em cima de mim como se eu não tivesse direito de voltar a viver, as pessoas querem que eu fique lá chorando”, ressaltou. “As vezes têm pessoas que são acusadas injustamente, e não é assim, temos que nos solidarizar com as pessoas que perdem alguém”, pontuou.

Relembre o caso

Em maio deste ano, a servidora pública federal Silvanilde Ferreira Veiga, de 58 anos, foi encontrada morta dentro do apartamento onde morava no bairro Ponta Negra, na Zona Oeste de Manaus. A polícia informou que o corpo dela tinha marcas de estrangulamento e perfurações no abdômen.

Ela era diretora da 15ª Vara do Trabalho de Manaus, do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (TRT-11) e foi encontrada morta pela filha Stephanie Veiga.

Após 10 dias de investigação, a polícia prendeu o suspeito do crime, Caio Claudino de Souza, de 25 anos, agente de portaria do condomínio. Ele afirmou à polícia que matou a Silvanilde porque queria dinheiro e alegou que estava sob o efeito de drogas.