Manaus, 18 de maio de 2024
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Política

‘Não teve cálculo político’, diz Eduardo Leite

O governador gaúcho, Leite falou publicamente sobre sua homossexualidade no programa ao Conversa com Bial, desde então, é o assunto do momento

‘Não teve cálculo político’, diz Eduardo Leite

Foto: Agência Brasil

BRASÍLIA, DF – O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), afirmou neste domingo (4) que não fez qualquer cálculo político ao assumir ser homossexual em entrevista na semana passada e, numa tentativa de rebater as críticas por ter declarado voto em Jair Bolsonaro (sem partido) no segundo turno de 2018, disse que não apoiou o presidente naquele pleito.

“Eu entendi que era o momento de falar [sobre minha sexualidade], não teve qualquer cálculo do ponto de vista político-eleitoral. Aliás, nem sei quais serão os efeitos que isso terá do ponto de vista eleitoral. Talvez não sejam os efeitos positivos que muita gente possa esperar. Mas tenha efeito positivo ou negativo, é o que sou, do jeito que sou, apresentado como sou. Se a população entender que eu possa apresentar um caminho [para o país], tem que ser na minha integridade e integralidade, sem esconder qualquer coisa”, disse o governador, que é um dos presidenciáveis do PSDB.

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Leite participa neste domingo de agenda no Distrito Federal, onde o partido realiza atividades com os pré-candidatos ao Palácio do Planalto. O principal adversário de Leite na sigla é o governador de São Paulo, João Doria, que, segundo o senador Izalci Lucas (PSDB-DF), virá ao DF em outra data para dialogar com a legenda.

O governador gaúcho falou publicamente sobre sua homossexualidade no programa ao Conversa com Bial, da rede Globo. O gesto trouxe uma onda de apoio nas redes, mas também críticas, principalmente por Leite ter apoiado Bolsonaro no segundo turno de 2018. O presidente já era conhecido por declarações homofóbicas, entre elas, a de que seria incapaz de amar um filho homossexual.

“Não considero ter apoiado [Bolsonaro]. Apoiar um candidato significa, além de declarar o voto, buscar votos para um candidato. Isso é apoio, isso eu jamais fiz. Não fiz campanha casada, não misturei meu nome ao do candidato, não fiz material conjunto e nem procurei estimular que as pessoas votassem [em Bolsonaro]. Declarei qual seria meu voto em função do que se apresentava naquele segundo turno”, disse Leite. Ele afirmou que a candidatura de Bolsonaro lhe deixou “pouco ou nada confortável em relação a manifestações de ódio e ataques à pacífica convivência entre os seres humanos”.

(*) Com informações da Folhapress

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