Brasília, DF – O presidente da Petrobras, general Joaquim Silva e Luna, destacou que a relação entre ele e o presidente Jair Bolsonaro é de respeito, mas afirmou que não conversa com o chefe da República sobre preço dos combustíveis. A declaração foi dada nessa quarta-feira (10), em entrevista ao canal CNN.
Em recentes declarações, Bolsonaro culpou a Petrobras pela alta no preço dos combustíveis, mas Silva e Luna fez questão de ressaltar que o valor aplicado na revenda acompanha os preços do mercado. No entanto, o presidente da Petrobras reconheceu que os valores estão altos.
“A minha relação com o presidente Bolsonaro é de profundo respeito e consideração, e isso é recíproco. Eu não trato com o presidente sobre o preço de combustível. Esse assunto não conversamos”, destacou. Silva e Luna ainda aproveitou para afirmar que a alta nos preços é decorrente da inflação.
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“Vale a pena dizer que os preços estão muito altos. A inflação está elevada e está no mundo inteiro, por uma série de fatores convergentes. O petróleo é uma commodity e não é diferente com ele. O mercado consumidor e produtor é que define esse equilíbrio dos preços”, pontuou.
Silva e Luna ainda disse que a estatal acompanha “com bastante sensibilidade essa preocupação” com os preços, para que não seja tão prejudicial ao consumidor. “Chegamos a ficar 92 dias sem alterar preços de combustíveis. Não fazemos nenhuma mudança brusca, conjuntural. Procura-se identificar se essa mudança [de preços] ela é estrutural. O cuidado que nós temos é com o abastecimento de mercado”, afirmou.
Sobre as declarações do presidente Jair Bolsonaro em querer privatizar a Petrobras, Silva e Luna comentou que é uma escolha que deve ser refletida. “Entendo que essa é uma escolha do acionista majoritário, a ser refletida, e se considerar que é adequada. Não é um projeto que se resolva do dia para a noite, mas isso é uma decisão que vai caber ao acionista majoritário, se decidir levar a frente”, destacou.
(*) Com informações da CNN
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