Manaus, 16 de maio de 2024
×
Manaus, 16 de maio de 2024

Cenário

O congelamento dos salários dos servidores e as Eleições 2020

Medida impopular, aprovada nesta sexta (12) na Aleam, traz riscos à pretensões políticas de deputados para 2020. Sete votaram contra o governo.

O congelamento dos salários dos servidores e as Eleições 2020

Assembleia Legislativa aprovou pacote de leis do governo que reduz gastos públicos por 12 a 7 (Foto: Aleam)

Os sete deputados estaduais que votaram contra o pacote de projetos do Governo do Estado, que congela os salários de servidores públicos até 2021, além de retirar recursos de áreas importantes para o desenvolvimento, como o setor primário, traz à superfície não apenas uma solidariedade com os afetados ou fato de alguns serem da oposição na Assembleia Legislativa, mas uma estratégia política que pode refletir em 2020, ano eleitoral.

Vejamos: os sete parlamentares que disseram não ao governo de Wilson Lima já externaram, em algum momento, o desejo de disputar a prefeitura, seja em Manaus ou em alguma cidade no interior, além de reforçar a visibilidade como membro da oposição.

Augusto Ferraz (DEM), Cabo Maciel (PL), Delegado Péricles (PSL), Dermilson Chagas (PP), Josué Neto (PSD), Serafim Corrêa (PSB) e Wilker Barreto (Podemos). Todos, à exceção de Augusto Ferraz e Cabo Maciel, que planejam disputar as prefeituras de Iranduba e Itacoatiara, respectivamente, já foram citados em pesquisas eleitorais para a Prefeitura de Manaus e, inclusive, alguns não fazem segredo do desejo de disputar o pleito e se tornar o próximo prefeito da capital amazonense, posicionada entre as dez melhores economias do país.

O mais empolgado com uma possível candidatura a prefeito de Manaus, Josué Neto surpreendeu ao externar seu voto contrário no painel na votação de sexta-feira (12).

Presidente do Poder Legislativo estadual, Josué Neto votou, mas não discursou e nem explicou à imprensa o porquê de sua decisão. Procurado pela *Coluna*, ele não respondeu às mensagens e nem aos telefonemas.

Em textos distribuídos à imprensa por suas respectivas assessorias, os demais deputados lamentaram a medida drástica do governo que vai punir os servidores, além da quebra de confiança do que já havia sido acordado anteriormente com as aprovações de reajustes e escalonamentos de salários pelo próprio Legislativo.