Manaus, 12 de maio de 2024
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Manaus, 12 de maio de 2024

Cenário

‘O Polo Industrial de Manaus não é paraíso fiscal’, diz Arthur

‘O Polo Industrial de Manaus não é paraíso fiscal’, diz Arthur

Insisto no tema Zona Franca de Manaus. É um convite para todos meditarmos sobre decisões que, se nos forem desfavoráveis, repercutirão muito negativamente nas vidas de todos que vivem no Amazonas. Sem falar que o Brasil sofrerá com isso (as nuvens, verdadeiros rios voadores, que a floresta envia para o sudeste, por exemplo, é que fazem chover em São Paulo). Sem mencionar que talvez o principal e mais efetivo agente natural a atenuar as consequências do aquecimento global é a floresta mantida em pé pelos efeitos diretos e indiretos do Polo Industrial de Manaus (PIM).

Autoridades públicas e empresas de comunicação, que pouco ou nada entendem de Amazônia e Amazonas, desconhecem certos números resultantes da relação da ZFM com o restante do País.

Cito trabalho coordenado, na Suframa, pelo economista, Marcelo Souza Pereira e pela competente equipe da Suframa. Tão apenas as compras de mercadorias nacionais, adquiridas por empresas incentivadas pela Suframa no Acre, Amazonas, Amapá, Rondônia e Roraima realizaram, em compras nacionais, no ano de 2017, R$ 31.205.141.436,30. Dado a parte: SÃO PAULO totalizou sozinho R$ 7.909.640.109,02.

Todos os dados que aqui arrolo têm origem no alentado trabalho da equipe técnica desse órgão, intitulado FOMENTANDO A CADEIA PRODUTIVA NACIONAL E GERANDO EMPREGOS EM TODOS OS ESTADOS DO BRASIL (link no final do texto).

O Polo Industrial de Manaus gerou, em 2017, 108.187 empregos no Amazonas; indiretos, 381.900, perfazendo 490.087. Ou seja, minha gente vive daí.

No país inteiro, o PIM gerou 769.022 empregos diretos e indiretos. Ou seja, contribuímos fortemente com o Brasil e merecemos retribuição à altura, justa e correta.

O PIM não é paraíso fiscal. Basta lembrar que o Amazonas é o campeão de recolhimento de tributos federais em toda a região Norte. E tem a variável ambiental, que desqualifica qualquer atitude precipitada ou preconceituosa proposta por quem imagine fazer bem ao Brasil prejudicando-o.

É uma questão de bom senso e responsabilidade pública, econômica, política, ambiental e até militar.

 

(*) O autor é prefeito de Manaus, foi deputado federal, senador e ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República