MANAUS, AM – Moradores da zona norte de Manaus estão sendo prejudicados por obras da Prefeitura de Manaus e até mesmo pela falta de ação dos órgãos competentes. Os casos estão sucedendo no bairro Nova Cidade, na zona norte, e foram denunciados ao Amazonas1 pelos próprios moradores.
Na rua Biblos, próximo à avenida Nepal, a prefeitura tem realizado obras de terraplenagem em uma vala aberta no fim da rua. A poeira gerada pela obra de terraplenagem está trazendo prejuízos para os estabelecimentos localizados na via. É o caso do comerciante Daniel Batista, de 65 anos, que está com o seu restaurante fechado há pelo menos três semanas.
“Já não é a primeira vez que isso acontece e, na primeira vez, eu cheguei até a receber um auxílio, mas dessa vez, nem isso aconteceu. A única fonte de rendimentos que eu tenho é desse restaurante, e nem isso estou podendo receber!”, afirma.
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Prejuízo
A obra está sendo executada pela Construtora Etam e Daniel disse que chegou a procurar a empresa para tentar ver alguma forma de não ser prejudicado, além de pedir alguma forma de sanar a poeira para que ele pudesse abrir o estabelecimento. Ele diz que foi orientado pela empresa a procurar a Prefeitura de Manaus, mas, ao chegar ao gabinete do prefeito, a situação foi diferente.
“Conversei com uma pessoa chamada Adriano, e ele me mandou ir para a Semulsp [Secretaria Municipal de Limpeza e Serviços Públicos], e, lá na Semulsp, eu fui atendido no corredor. Nem me mandaram entrar. Fui para a Câmara Municipal, me atenderam lá por ser idoso, mas não fizeram nada!”, ressaltou.
A equipe de reportagem do Amazonas1 esteve no local, e, inclusive, constatou os prejuízos causados pela obra. Em menos de cinco minutos, a poeira do barro invadiu o restaurante e sujou não apenas o chão, mas também as mesas e até as gôndolas onde é servida a comida.
“O detalhe foi que eu limpei tudo ontem [segunda-feira, 15], e só hoje, eu já limpei pelo menos umas três vezes. A poeira invade, e eu não tenho condições de trabalhar nesse tipo de situação. A Etam me jogou para a prefeitura, e eu sei que a Etam já recebeu o pagamento porque é uma obra emergencial. A empresa me prejudica e não pode me ressarcir? Eu preciso de ajuda, porque não tenho condições de trabalhar desse jeito!”, completou o comerciante.
Em nota, a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf) informou que a demanda foi encaminhada para o Distrito de Obras da área, e que o engenheiro responsável faria uma visita técnica para tomar as medidas cabíveis. “Por conta dos transtornos, orientamos os moradores a entrarem em contato por meio da Central 199 para que a Defesa Civil avalie a situação”, informou a nota.
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