Manaus, 28 de março de 2024
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Cenário

Omar Aziz se irrita após presidente da Petrobras se gabar de não reajustar gás: ‘é brincadeira’

Presidente da Petrobras disse que a estatal ficou mais de 50 dias sem a reajustar o gás, diesel e a gasolina; Omar Aziz rebateu dizendo que o salário do trabalhador não é reajustado no mesmo período

Omar Aziz se irrita após presidente da Petrobras se gabar de não reajustar gás: ‘é brincadeira’

Foto: reprodução

Brasília, DF – O senador do Amazonas, Omar Aziz (PSD-AM), se irritou, nessa terça-feira (23), durante audiência pública da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) para tratar da alta de preços de combustíveis. Na ocasião, Aziz se irritou com as declarações dadas pelo presidente da Petrobras, general Joaquim Silva e Luna.

Em sua fala na audiência, o gestor defendeu a empresa e atribuiu os sucessivos aumentos da gasolina, do diesel e do gás de cozinha nos últimos meses a uma série de fatores. Ele lembrou que a estatal não detém o monopólio do petróleo desde 1997 e que o preço do petróleo no mercado internacional — o chamado PPI, “preço de paridade de importação” — não é a única variável que afeta os valores praticados pela empresa.

Além disso, Joaquim Luna ressaltou que a Petrobras chegou a ficar, sob sua gestão, 92 dias sem reajustar o valor do gás de cozinha, 85 sem reajustar o diesel e 56 sem alterar o preço da gasolina. A afirmação gerou uma reação veemente do senador Omar Aziz (PSD-AM).

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“O salário do trabalhador brasileiro não é alterado a cada 90 dias, como o combustível é hoje quase diariamente. É uma brincadeira achar que se está fazendo um grande favor aos brasileiros”, indignou-se o senador.

Outro que também se manifestou sobre as declarações foi o senador Jean Paul Prates (PT-RN). O parlamentar questionou a decisão da Petrobras de aceitar, sem recorrer, a determinação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), de 2019, para que a empresa venda parte de suas refinarias.

O senador acusou o governo federal de não buscar a redução do preço interno dos combustíveis para atender o interesse dos acionistas no processo de venda dessas refinarias. “Isso é preguiça e incompetência desse governo”, criticou Jean Paul.

Em audiência de quase três horas de duração, Silva e Luna omitiu que somente neste ano, nas refinarias, a gasolina subiu 71,6%, com 13 aumentos; o diesel 64,5%, com 14 altas; e o gás de cozinha 47,7%, com oito reajustes.

(*) Com informações da Agência Senado

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