Manaus, 28 de abril de 2024
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Cenário

Operadora de plano de saúde perde contrato de R$ 87,7 milhões com Seduc

A Hapvida deveria oferecer atendimento ambulatorial e hospitalar em todos os municípios mencionados no contrato, porém, não cumpriu

Operadora de plano de saúde perde contrato de R$ 87,7 milhões com Seduc

A empresa é alvo de investigação pelo TCE-AM desde 2006 - (Foto: Divulgação)

MANAUS – Responsável pela prestação de serviços de saúde para os servidores do Estado do Amazonas, o contrato com a empresa Hapvida Assistência Médica S.A. foi suspenso pela Secretaria de Educação do Amazonas (Seduc) temporariamente. O distrato se deu devido após diversas denúncias por parte de servidores do interior do Amazonas, que não receberam o atendimento contratado pela operadora.

Orçado em R$ 87,7 milhões, o contrato foi rescindido pela titular da pasta, secretária Kuka Chaves, conforme divulgado no Diário Oficial do Estado (DOE), por meio da PORTARIA GS Nº 1304, em 01 de dezembro deste ano, após diversas denúncias de professores que deveriam ser beneficiados pelo plano de saúde, no entanto, a prestadora do serviço não executou o que foi contratado.

Leia mais: MP-AM apura denúncias de clientes contra possíveis irregularidades a usuários do plano de saúde Hapvida

Conforme relatório da Comissão de Irregularidades Contratuais(Caic), o contrato firmado com a Seduc, em março, aponta que desde o governo de José Melo (Pros), em 2016, que a operadora de saúde é alvo de órgãos de fiscalização como Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM), que chegou a suspender o pagamento à Hapvida pela falta de atendimento em determinados municípios do interior do Estado. O que levou a conselheira Yara Lins a determinar o bloqueio do pagamento à empresa, que já abocanhou cerca de R$ 62 milhões do erário do Estado.

Uma nova empresa deve ser contratada para prestar os serviços aos servidores da Seduc.

Denúncia

Conforme denúncias de servidores beneficiários nos municípios de Carauari, Humaitá, Tabatinga, Coari, Tefé, Manacapuru, Itacoatiara, Parintins, São Gabriel da Cachoeira, Boca do Acre e Borba, a Hapvida não estruturou a rede para atendimento hospitalar presencial, prejudicando cerca de 15 mil professores, que deveriam ser beneficiados pelo plano de saúde, porém, o contrato não foi cumprido conforme o combinado, obrigando que os beneficiários se deslocassem para a capital em busca de atendimento na rede Hapvida.