BRASÍLIA, DF – O presidente Jair Bolsonaro fez nesta quinta-feira (8) novos comentários em relação ao pleito do ano que vem, quando ele deve disputar a reeleição ao Palácio do Planalto.
“Eleições no ano que vem serão limpas. Ou fazemos eleições limpas no Brasil ou não temos eleições”, declarou a apoiadores, em frente ao Palácio da Alvorada. A fala foi transmitida por um site bolsonarista.
Ele defende a adoção do voto impresso – segundo ele, auditável. Tramita no Congresso uma proposta nesse sentido, mas a ideia conta com oposição de uma coalizão de partidos, alguns deles da própria base de Bolsonaro.
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Nessa quarta-feira (7), ao defender o voto impresso nas eleições de 2022, ele disse que um dos lados da disputa eleitoral questionaria o resultado e que, “obviamente”, este seria o lado dele.
“Eles vão arranjar problemas para o ano que vem. Se este método continuar aí, sem, inclusive, a contagem pública, eles vão ter problemas. Porque algum lado pode não aceitar o resultado. Este algum lado, obviamente, é o nosso lado, pode não aceitar o resultado”, disse o presidente em entrevista à Rádio Guaíba.
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A declaração provocou uma reação do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luiz Fux, que soltou nota para rebater o chefe do Executivo.
Na mesma entrevista, na quarta-feira, Bolsonaro reafirmou que apresentaria provas de que houve fraudes nas duas últimas eleições presidenciais e afirmou falsamente que, na disputa entre Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) em 2014, foi o tucano quem venceu o pleito.
“O nosso levantamento aqui, né, o nosso levantamento, feito por gente que entende do assunto, que esteve presente lá dentro, acompanhou toda a votação, ele garante que sim [Aécio foi eleito].”
“E o que eu vi, eu não sou técnico em informática, mas o que eu vi, está comprovado, no meu entender, a fraude em 2014. O Aécio foi eleito em 2014”, disse o presidente. Naquela disputa, Dilma foi reeleita com 52% dos votos, ante 48% de Aécio, com vantagem de cerca de 3,5 milhões de votos.
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Apesar disso, há especialistas que defendem que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) deveria aumentar a transparência do sistema eleitoral e melhorar as possibilidades de auditoria das eleições. O problema, dizem eles, é que o debate técnico e sério acaba ofuscado pela desinformação e por mentiras.
(*) Com informações da Folhapress
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