Manaus, 27 de abril de 2024
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Cenário

Para Guedes, Sassá tenta enfraquecer movimento de abertura de CPI do Fundeb

Por sua vez, Sassá retrucou o colega e afirmou ao Portal AM1 que "Guedes está mentindo para os vereadores para poder coletar as assinaturas".

Para Guedes, Sassá tenta enfraquecer movimento de abertura de CPI do Fundeb

Rodrigo Guedes e Sassá da Construção Civil (Foto: Kelvin Dinelli/Alinne Bindá/CMM)

Manaus (AM) – A briga para que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Fundeb seja instalada na Câmara Municipal de Manaus (CMM) está gerando confusão entre os vereadores.

O autor do requerimento que pede a abertura da investigação da aplicação dos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), vereador Rodrigo Guedes (Podemos), disse, ao Portal AM1, que os outros parlamentares estavam evitando assinar a folha como forma de enfraquecer o movimento, e um desses colegas é o vereador Sassá da Construção Civil (PT).

Por sua vez, Sassá retrucou o colega e afirmou ao Portal AM1 que “Guedes está mentindo para os vereadores para poder coletar as assinaturas”, pois “ele sabe que os vereadores estão de recesso [parlamentar] e, por isso, está fazendo palanque político para se autopromover”.

Ainda segundo o presidente da Comissão de Turismo, Indústria, Comércio, Trabalho e Renda da CMM, por conta das afirmações de Guedes, ele irá processá-lo por calúnia e difamação na próxima segunda-feira (15).

“Em nenhum momento, eu me recusei a assinar o documento, até porque, ainda não tem informações concretas do TCE e quem tem que decidir isso [a CPI do Fundeb] é a Câmara; mas a gente está de recesso e os outros vereadores viajando. O Rodrigo está falando por aí que ele é o autor da CPI, sendo que a CPI tem que ser feita pela Câmara e não por um só. Inclusive, eu vou abrir um processo contra ele por calúnia e difamação”, disse o petista.

Sassá afirmou, também, que mandou um áudio no grupo de mensagens dos vereadores criticando a atuação de Guedes em querer conseguir as assinaturas no período de recesso parlamentar.

“Eu já mandei um áudio lá no grupo dos vereadores dizendo que isso está errado e os outros vereadores estão até chateados com a forma que ele está fazendo isso. Ele não é leso, ele sabe que a Câmara só volta a funcionar em fevereiro. A gente tem que ter o papel em mãos, ter acesso ao que está escrito para poder assinar. Ele está fazendo palanque político”, afirma.

Questionado pela reportagem sobre a recusa do colega em assinar o requerimento, Guedes disse: “[..] o que cria CPI é um requerimento. É justamente isso que se assina. Esse é o documento oficial que se cria a CPI e, se ele assinar, ficam faltando só 11”.

CPI do Fundeb

A briga pela abertura da CPI do Fundeb, cujo objetivo é investigar onde está sendo aplicado o recurso público, pois este não foi pago à categoria no final de 2023, como deveria ter sucedido, tem movimentado o tabuleiro político em Manaus.

O prefeito David Almeida (Avante) é o alvo das críticas da categoria, bem como a sua irmã, Dulce Almeida, secretária de Educação Municipal. David alegou que não fez o pagamento do abono porque a Prefeitura não tinha saldo suficiente.

A pressão para explicar sobre a aplicação do fundo chegou ao Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM), que cobrou esclarecimentos da Secretaria Municipal de Educação (Semed) no dia 28 de dezembro do Diário Oficial Eletrônico (DOE), mas só foi publicada no dia 3 de janeiro.

O presidente da Câmara Municipal de Manaus, vereador Caio André (Podemos), e outros parlamentares que integram a 18ª Legislatura da Câmara Municipal de Manaus (CMM), também oficializaram uma solicitação à Semed pedindo informações a respeito do não pagamento do Fundeb.

A divulgação do pedido ocorreu nas primeiras horas da manhã do dia 4 de janeiro, menos de 24 horas após a Yara Lins cobrar da secretária municipal de Educação, Dulce Almeida, esclarecimentos.

A partir desse momento, professores reuniram-se em frente à CMM para fazer uma manifestação a favor da causa e afirmaram que a Casa legislativa tem condições de abrir o inquérito para investigar a Semed e seguem pedindo apoio dos vereadores.

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